Histiocitose de Largerhans no Adulto: Experiência de Dois Hospitais Portugueses

Autores

  • Margarida Dantas de Brito Serviço de Onco-hematologia. Instituto Português de Oncologia. Porto. Portugal.
  • Ângelo Martins Serviço de Onco-hematologia. Instituto Português de Oncologia. Porto. Portugal.
  • Joaquim Andrade Serviço Hematologia. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • José Guimarães Serviço Hematologia. Hospital de São João. Porto. Portugal.
  • José Mariz Serviço de Onco-hematologia. Instituto Português de Oncologia. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5360

Resumo

Introdução: A histiocitose de células de Langerhans é uma doença heterogénea e mais frequente em crianças. Entre 1/2001 e 12/2013 admitimos 20 doentes com HCL nas duas instituições. O objectivo deste trabalho foi caracterizar esta população, avaliando as formas de apresentação, o estadiamento e tratamento.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo; consulta do processo clínico.
Resultados: Dos 16 doentes analisáveis verificamos uma mediana de idade 34 anos (15-48), 10 mulheres e 6 homens. Os motivos que determinaram a referenciação dos doentes foram: queixas respiratórias em 37,5%; alterações ósseas em 37,5%; queixas dentárias em 25%; sintomas constitucionais em 19%; lesões mucocutâneas em 6% e outro foi um achado histológico inesperado após tiroidectomia. O diagnóstico histológico foi obtido em: osso em 50%; pulmão em 37,5%; fígado, mucosa vulvar e peça de tiroidectomia em 6%, respectivamente. O estadiamento assumido na prática clínica foi: envolvimento de órgão único (uni/multifocal) em 69% e doença multissistémica em 31%. A mediana de seguimento foi cinco anos (dois meses-11 anos) e a sobrevivência global 92%. Actualmente: 19% estão vivos sem doença; 44% estão vivos com doença; 25% estão em tratamento e 12% morreram.
Discussão: Estes resultados estão de acordo com a literatura. No entanto, segundo as recomendações actuais consideramos que 56% doentes efectuaram estudo complementar incompleto condicionando subestadiamento e provavelmente subtratamento. Verifica-se heterogeneidade de procedimentos no estadiamento e tratamento.
Conclusão: Frequentemente há dificuldades e atraso no diagnóstico desta entidade clínica. São importantes estudos prospectivos internacionais na população adulta.
Palavras-chave: Adulto; Histiocitose de Células de Langerhans.

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Biografias Autor

Margarida Dantas de Brito, Serviço de Onco-hematologia. Instituto Português de Oncologia. Porto. Portugal.

Hematologia Clínica

Ângelo Martins, Serviço de Onco-hematologia. Instituto Português de Oncologia. Porto. Portugal.

Hematologia Clínica

Joaquim Andrade, Serviço Hematologia. Hospital de São João. Porto. Portugal.

Hematologia Clínica

José Guimarães, Serviço Hematologia. Hospital de São João. Porto. Portugal.

Hematologia Clínica

José Mariz, Serviço de Onco-hematologia. Instituto Português de Oncologia. Porto. Portugal.

Hematologia Clínica

Publicado

2014-12-30

Como Citar

1.
Brito MD de, Martins Ângelo, Andrade J, Guimarães J, Mariz J. Histiocitose de Largerhans no Adulto: Experiência de Dois Hospitais Portugueses. Acta Med Port [Internet]. 30 de Dezembro de 2014 [citado 21 de Novembro de 2024];27(6):726-30. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5360