Exercício e Dano das Vias Aéreas em Atletas
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.545Resumo
Os atletas olímpicos têm um risco aumentado de asma e alergia, principalmente aqueles que participam em desportos de resistência, tais como natação ou corrida, e em desportos de inverno. Os mecanismos clássicos subjacentes à asma induzida pelo exercício (AIE) incluem a hipótese osmótica, por desidratação das vias aéreas. Devido à hiperventilação, a evaporação da água da superfície das vias aéreas estimula o movimento da água a partir das células vizinhas, resultando em contração celular e libertação de mediadores inflamatórios que causam a contração do músculo liso. Mas o modelo explicativo de AIE/broncoconstrição em atletas provavelmente inclui a interação entre fatores ambientais, incluindo fatores relacionados com o treino, alérgenos e condições ambientais, tais como temperatura, humidade e qualidade do ar, bem como fatores de risco pessoais do atleta, como determinantes genéticos e neuroimuno- endócrinos. Os atletas, comparativamente a indivíduos menos ativos, têm maior taxa de infeções das vias aéreas superiores (IVAS) após o stress do treino e competições. O aumento da atividade física em indivíduos não-atletas associa-se a uma diminuição do risco de IVAS. O exercício intenso induz imunodepressão marcada, de origem multifatorial. A atividade física moderada pode melhorar a função imunológica, enquanto o exercício de alta intensidade, prolongado, prejudica temporariamente a capacidade imunológica. A relação entre exercício e IVAS é afetada fatores pouco conhecidos, incluindo determinantes individuais de suscetibilidade genética, inflamação neurogénica imunologicamente-mediada e disfunção da barreira epitelial. Os fatores etiológicos e mecanismos envolvidos na asma em atletas deverão ser alvo de estudos futuros no sentido de permitir propor medidas pertinentes de prevenção e terapêutica.
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