Problemas Identificados nos Folhetos Informativos dos Medicamentos Não Genéricos Portugueses
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.5526Resumo
Introdução: Todos os medicamentos de uso humano são comercializados com um folheto informativo. Estes documentos devem ter uma lista inicial com a identificação de todas as secções, de acordo com o modelo europeu Quality Review of Documents e não serem muito extensos, i.e. com cerca de 1500 palavras. Apenas excepcionalmente são autorizados folhetos relativos a mais de uma dose e/ ou forma farmacêutica (folhetos mistos). Neste contexto, os objectivos incluem a identificação de problemas nos folhetos informativos de todos os medicamentos não genéricos portugueses quanto à presença da lista inicial, à frequência de folhetos mistos e ao número de páginas.Material e Métodos: Consulta dos folhetos na base pública Infomed de acordo com a classificação do Prontuário Terapêutico – 10 (1º
trimestre 2012). Os dados recolhidos foram sujeitos a controlo de qualidade e tratamento estatístico.
Resultados: Identificação de 2729 folhetos em 3080 especialidades farmacêuticas. Foram avaliados 2042 folhetos (687 não estavam disponíveis), em que 181 (8,9%) não apresentaram lista inicial e 351 (17,2%) eram mistos. O número médio de páginas foi 6,9 (DP = 2,6), o mínimo = 2 e o máximo = 26.
Discussão: A leitura e compreensão adequadas dos folhetos portugueses em alguns casos podem estar comprometidas, dado que 1) alguns dos folhetos analisados não continham a lista inicial necessária à adequada localização das informações, 2) foram detetados folhetos mistos e/ou 3) foram encontrados folhetos com uma extensão acima do desejável.
Conclusão: Os resultados deste estudo devem informar o processo de desenvolvimento e aprovação dos folhetos pelos titulares da autorização da introdução no mercado e pelas autoridades reguladoras.
Palavras-chave: Folhetos Informativos; Rotulagem de Medicamentos; Portugal.
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