Avaliação Cefalométrica em Crianças com Rinite Alérgica e Respiração Oral
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.5556Palavras-chave:
Cefalometria, Criança, Portugal, Respiração Oral, Rinite Alérgica.Resumo
Introdução: Os ortodontistas tratam frequentemente crianças com respiração oral. O objectivo deste estudo foi avaliar as posições dentárias, efeitos esqueléticos e espaço aéreo da faringe, causados pela respiração bucal em crianças com rinite alérgica crónica, comparando com grupo de controlo de padrão respiratório normal.Material e Métodos: Foram avaliadas setenta crianças caucasianas do Hospital Universitário de Santa Maria (Lisboa), entre Setembro/ 2009 e Fevereiro/2013. O grupo de estudo compreendia 35 crianças com rinite alérgica crónica de ambos os géneros, idades entre 5 e 14 anos, reação positiva a aeroalergénios, respiração bucal e má-oclusão dentária. O grupo controlo incluiu 35 crianças, da mesma idade, ambos os géneros, com respiração nasal e má-oclusão dentária, que recorreram ao departamento de ortodontia. Utilizaram-se
medidas de Ricketts, Steiner e análise de McNamara. Foi aplicado teste estatístico t de Student.
Resultados: Verificaram-se diferenças estatísticas significativas entre respiradores orais e nasais, respectivamente quanto à altura facial inferior (49,1/45,9 mm), ângulo entre o plano de Frankfurt e o plano mandibular (30,1/26,9º), ângulo entre a linha Sela-Nasion e o plano oclusal (17,3/15º), comprimento maxilar (78,4/82,4 mm) e mandibular (102,4/107 mm), overbite (0,8/3,1mm) e overjet (4/4,7 mm).
Discussão: A comparação entre os grupos demonstrou que as crianças com rinite alérgica e respiração oral apresentam maior altura facial inferior, maior ângulo entre o plano de Frankfurt e o plano mandibular e maior ângulo entre a linha Sela-Nasion e o plano oclusal. Este grupo apresentou também menor comprimento da maxila e da mandíbula, menor overbite e diminuição do espaço aéreo respiratório superior.
Conclusões: As crianças com rinite alérgica e respiração oral têm faces mais longas, maxilas e mandíbulas mais curtas e espaço aéreo faríngeo menor. Não existem diferenças estatísticas significativas entre grupos nas bases ósseas (plano sagital) ou inclinações dentárias.
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