Prevalência da Disfunção Autonómica em Doentes com Esclerose Múltipla

Autores

  • Bitia Vieira Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Andreia Costa Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar de S. João. Porto. Portugal. Departamento de Neurociências e Saúde Mental. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Gonçalo Videira Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Maria José Sá Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar de S. João. Porto. Portugal. Faculdade das Ciências da Saúde. Universidade Fernando Pessoa. Porto. Portugal.
  • Pedro Abreu Departamento de Neurociências e Saúde Mental. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar de S. João. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5562

Resumo

Introdução: A disfunção do sistema nervoso autónomo é comum na esclerose múltipla e deveria ser explorada na avaliação de rotina. O questionário Composite Autonomic Symptom Score foi validado como instrumento de auto-avaliação de sintomas autonómicos.
Objetivos: Determinar a frequência de sintomas autonómicos em doentes com esclerose múltipla através de uma versão portuguesa do Composite Autonomic Symptom Score; comparar os resultados do questionário entre um grupo de doentes e um grupo controlo; avaliar a viabilidade da aplicação deste questionário em doentes portugueses.
Material e Métodos: Neste estudo caso-controlo utilizou-se uma tradução portuguesa do questionário para determinar a frequência de sintomas autonómicos em doentes com esclerose múltipla.
Resultados: Incluíram-se 103 doentes com esclerose múltipla surto-remissão – idade média 41 anos, mediana de duração da doença 6 anos, EDSS médio 1 - e 80 indivíduos saudáveis. Dos doentes, 97,1% tinham alterações da função autonómica, com significado estatístico nos domínios intolerância ortostática e gastrointestinal. Não encontramos diferenças estatísticas entre doentes (41,7%) sem fatores de confundimento que podiam interferir com a função autonómica (i.e. comorbilidades ou medicações) e o grupo controlo.
Discussão: Os resultados obtidos podem estar relacionados com a curta duração de doença, idade jovem e baixo grau de incapacidade dos doentes sem fatores de confundimento. O questionário utilizado não foi desenhado especificamente para a esclerose múltipla e pode não ser tão sensível para sintomas autonómicos mais precoces como para manifestações mais graves da doença.
Conclusões: Outros estudos serão necessários para obter resultados mais robustos, validar este questionário e avaliar a sua aplicação nos doentes portugueses.
Palavras-chave: Esclerose Múltipla; Portugal; Questionários; Sistema Nervoso Autónomo.

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Publicado

2015-02-27

Como Citar

1.
Vieira B, Costa A, Videira G, Sá MJ, Abreu P. Prevalência da Disfunção Autonómica em Doentes com Esclerose Múltipla. Acta Med Port [Internet]. 27 de Fevereiro de 2015 [citado 21 de Novembro de 2024];28(1):51-5. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5562