Estudo SAIMI - Saúde e Acesso aos Serviços de Saúde dos Imigrantes do Subcontinente Indiano em Lisboa: Que Recomendações para Cuidados de Saúde Equitativos e Culturalmente Adaptados?

Autores

  • Inês Campos Matos Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Violeta Alarcão Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Elisa Lopes Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Carla Oiko Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Mário Carreira Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5583

Palavras-chave:

Emigrantes e Imigrantes, Oeste Asiático, Portugal, Recomendações para o Planeamento em Saúde.

Resumo

Introdução: O crescimento da população imigrante em Portugal tem sido consistente nas últimas décadas. Apesar disto, a informação sobre a saúde das populações imigrantes é escassa. Esta investigação utiliza dados recolhidos junto da população oriunda do subcontinente indiano a residir no distrito de Lisboa para produzir recomendações para a prestação de serviços de saúde culturalmente adaptados.
Material e Métodos: Estudo transversal junto da comunidade imigrante do subcontinente indiano (Bangladesh, Índia e Paquistão) a residir em Lisboa, selecionada com base numa técnica de amostragem bola de neve e recorrendo a inquiridores com acesso privilegiado à população-alvo. O questionário inquiriu sobre a saúde, o acesso aos cuidados de saúde, estilos de vida e atitudes perante a morte. Foi feita uma análise descritiva dos dados e uma comparação entre as três nacionalidades padronizada para a idade.
Resultados: Foram administrados questionários a 1011 indivíduos com uma taxa de adesão de 97%. A maioria dos participantes eram adultos do sexo masculino. Os imigrantes indianos relataram mais frequentemente barreiras na utilização dos serviços de saúde e tinham uma maior frequência de doenças crónicas. Os imigrantes paquistaneses tinham piores indicadores de estilos de vida.
Discussão: A população imigrante do subcontinente indiano tende a relatar mais dificuldades linguísticas no acesso aos cuidados de saúde quando comparada com outras populações imigrantes. Com base em recomendações da Organização Mundial da saúde, foi possível adaptar este conhecimento para produzir recomendações adaptadas ao contexto português.
Conclusão: Existem diversos aspetos na gestão dos serviços de saúde em Portugal que podem ser melhor adaptados à população imigrante do subcontinente indiano.

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Biografia Autor

Violeta Alarcão, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Sociologist, research collaborator at the Division of Epidemiology (Chair, Prof. Dr. Evangelista Rocha), Department of Preventive Medicine and Public Health, Faculty of Medicine of Lisbon (Chair, Prof. Dr. Pereira Miguel) since 2004 with the main responsibilities in assuring the field coordination of several observational studies.

Publicado

2015-04-30

Como Citar

1.
Campos Matos I, Alarcão V, Lopes E, Oiko C, Carreira M. Estudo SAIMI - Saúde e Acesso aos Serviços de Saúde dos Imigrantes do Subcontinente Indiano em Lisboa: Que Recomendações para Cuidados de Saúde Equitativos e Culturalmente Adaptados?. Acta Med Port [Internet]. 30 de Abril de 2015 [citado 25 de Novembro de 2024];28(2):164-76. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5583

Edição

Secção

Original