Eficácia e Segurança da Termoablação Percutânea por Radiofrequência no Tratamento das Lesões Cancerígenas Pulmonares

Autores

  • Ana Tavares eCastro Pulmonology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Sara Freitas Pulmonology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Antónia Portilha Radiology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Fernando Alves Radiology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Filipe Caseiro-Alves Radiology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5620

Resumo

Introdução: Neste estudo foram caracterizados e avaliados todos os tumores malignos do pulmão no nosso hospital submetidos a termoablação percutânea por radiofrequência guiada por tomografia computadorizada, uma técnica relativamente recente com crescente evidência científica.
Material e Métodos: Os registos clínicos referentes a todas as termoablações percutâneas por radiofrequência realizadas na nossa instituição foram retrospectivamente analisados. Realizou-se uma tomografia computadorizada antes e depois de cada procedimento para avaliar as características do tumor e, numa segunda fase, para avaliar os resultados e complicações. A recorrência e progressão da doença foram determinados através do seguimento imagiológico. A análise Kaplan-Meier foi usada para calcular a sobrevivência. A análise univariada identificou os fatores clínicos e patológicos que afetaram a sobrevivência.
Resultados: Um total de 28 lesões pulmonares malignas, 20 carcinomas primários e oito lesões metastáticas, de 28 doentes (78,6% do género masculino, com idade média de 62 ± 17 anos), foram submetidos a termoablação percutânea por radiofrequência entre janeiro de 2004 e julho de 2010. Obteve-se necrose total em 74,1% das lesões. Observaram-se complicações imediatas em metade dos procedimentos. Das principais complicações, ocorreu a morte em apenas um doente. A sobrevivência mediana global foi de 43,0 meses para uma média de dois anos de acompanhamento. A sobrevivência mediana sem progressão da doença foi de 31,6 meses. Os
fatores que mostraram correlação estatisticamente significativa com melhores resultados foram: tamanho da lesão menor que 35 mm, doença no estádio III da classificação TNM e realização de tratamentos prévios. A mortalidade por progressão da doença foi de 46,4%.
Discussão: Este procedimento provou ser eficaz no tratamento de lesões pulmonares cancerígenas, com uma baixa incidência de complicações graves.
Conclusões: A termoablação percutânea por radiofrequência é um procedimento minimamente invasivo, que aparenta ser vantajoso no tratamento de lesões cancerígenas do pulmão.
Palavras-chave: Ablação por Cateter; Neoplasias do Pulmão; Tomografia Computorizada.

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Biografias Autor

Ana Tavares eCastro, Pulmonology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Médica Interna de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra

Sara Freitas, Pulmonology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Assistente Graduada no Serviço de Pneumologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Filipe Caseiro-Alves, Radiology Unit. Hospitais da Universidade de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Diretor do Serviço de Radiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

 

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Publicado

2015-02-27

Como Citar

1.
Tavares eCastro A, Freitas S, Portilha A, Alves F, Caseiro-Alves F. Eficácia e Segurança da Termoablação Percutânea por Radiofrequência no Tratamento das Lesões Cancerígenas Pulmonares. Acta Med Port [Internet]. 27 de Fevereiro de 2015 [citado 17 de Julho de 2024];28(1):63-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5620