Estudo de Fiabilidade da Escala de Capacidade de Controlo da Diabetes: Versão Breve

Autores

  • Marcelo Aveiro Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Luiz Miguel Santiago Unidade de Saúde Familiar Topázio. Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego. Coimbra. Portugal. Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã.
  • Pedro Lopes Ferreira Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • José Augusto Simões Unidade de Saúde Familiar Marquês de Marialva. ADES Baixo Mondego. Cantanhede. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5679

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus Tipo 2, Poder (Psicologia), Questionários.

Resumo

Objetivo: Avaliar a correlação entre o valor obtido pelo instrumento de medição Diabetes Empowerment Scale - Short Form e o controlo da pessoa com diabetes medido pelo valor da hemoglobina glicada A1c.
Material e Métodos: Estudo observacional transversal pela aplicação do Diabetes Empowerment Scale - Short Form a pessoas com diabetes de três Unidades de Saúde Familiar da Região Centro de Portugal após realização de teste e reteste (primeiro por escrito e, passados cinco minutos, oralmente) para determinação da coerência interna através do valor de alfa de Cronbach em 20 elementos que não foram depois estudados. A aplicação a pacientes diabéticos foi feita após a consulta de enfermagem e antes da entrada na consulta médica. Foi realizada estatística descritiva e inferencial apos verificação da normalidade dos dados.
Resultados: Na primeira fase o valor de alfa de Cronbach de 0,90 a 1,00 relativamente aos oito itens da escala. Na aplicação escrita, a média de resultados foi de 3,78 ± 0,71 e na aplicação oral de 3,79 ± 0,65, p = 0,629. A amostra da segunda fase foi de 81 pessoas com diabetes, sendo 55,6% do sexo masculino. A idade média foi de 68,5 ± 1,1 anos com uma HbA1c média de 6,8 ± 0,2 e um tempo de evolução desde o diagnóstico de 9,2 ± 0,9 anos. A média da pontuação final da escala foi de 4,1 ± 0,8. Verificou-se uma correlação significativa entre a pontuação final e os níveis de Hba1C (ρ = -0,114; p = 0,312).
Conclusão: A Escala de Capacidade de Controlo da Diabetes – Versão Breve revelou ser uma escala fiável para medir a capacitação em doentes diabéticos em Portugal. Confirmou-se a presença de uma correlação estatisticamente significativa entre o resultado obtido no final da escala e o valor de HbA1c.

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Biografias Autor

Luiz Miguel Santiago, Unidade de Saúde Familiar Topázio. Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego. Coimbra. Portugal. Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã.

Luiz Miguel de Mendonça Soares Santiago é médico, Consultor com o Grau de Assistente Graduado Sénior da Carreira de Medicina Geral e Familiar.

 

Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1979, é Mestre em Saúde Pública pela mesma Universidade de Coimbra desde 2006, com a Classificação de Muito Bom e Doutorado, pela Universidade de Coimbra, na Especialidade de Sociologia Médica, ramo de Medicina Preventiva e Comunitária em 2009, por unanimidade com distinção e louvor, sendo actualmente Professor Associado da Universidade da Beira Interior, sendo responsável pelo terceiro ciclo em Medicina Geral e Familiar, cursos de pós-graduação e pelas cadeiras de Medicina Geral e Familiar, ao longo de todo o Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências das Saúde.

 

Foi membro da Direcção do Colégio de Especialidade de Medicina Geral e Familiar entre 2002 e 2009 e membro permanente da Delegação Portuguesa à UEMO (Union Eupéenne dés Médicins Omnipractitiens) de 2005 a 2011.

 

É orientador no Internato Complementar de Medicina Geral e Familiar desde 2006.

 

Secretário da Associação dos Docentes em Medicina Geral e Familiar (ADSO) no triénio 2007-2010 é Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral no de 2010-2012. Em 2013 é nomeado Editor da Revista Científica da ADSO.

 

Desde 2004 é membro da Academia Europeia de Professores em Medicina Geral e Familiar (EURACT) pela qual é formador em Portugal e no estrangeiro quer no Curso “Leonardo” quer no Curso “Assessment”, sendo considerado orientador de Cursos de Excelência, no qual orientou já um médica portuguesa.

 

Orientador de Teses de Mestrado Integrado (14) e de Mestrado Tradicional (3) e de Doutoramento,  na Universidade de Coimbra (2) e na Universidade da Beira Interior (4). Tem regularmente sido convidado para arguir em Mestrados e Doutoramentos nomeadamente  em Teses de Mestrado na Faculdade de Economia (1) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (3) bem como de Doutoramento na Universidade do Algarve.

 

Foi Director do Observatório dos Medicamentos e Produtos de Saúde do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento, bem como Coordenador da Sub-Região de Saúde de Coimbra.

 

Membro desde 2012 da Comissão de Ética da ARS do Centro onde foi eleito Vice-Presidente é também, desde Setembro de 2013, membro da Comissão de Farmácia e Terapêutica da ARS do Centro IP pelo Despacho 10853/2013 publicado em DR 2ª série – Nº161 – 22 de Agosto de 2013.

 

Tem bibliografia publicada individualmente e em co-autoria em revista ncionais e internacionais com “peer-review” e indexadas, assim como apresentações e palestras em Congressos Médicos. É revisor-par para revistas médicas portuguesas e estrangeiras.

Pedro Lopes Ferreira, Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Agregação pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, no III Grupo - Economia Matemática e Modelos Econométricos.

Autor de vasta bibliografia em artigos e capítulos de livros.

É, entre outor, Coordenador do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, do Repositório de Instrumentos de Medição e Avaliação em Saúde e do Mestardo em Gestão e Economia daSaúde na FEUC.

José Augusto Simões, Unidade de Saúde Familiar Marquês de Marialva. ADES Baixo Mondego. Cantanhede. Portugal.

Assistente Graduado de MGF.

MD em bio-ética pela Universidade de Aveiro.

Publicado

2015-03-30

Como Citar

1.
Aveiro M, Santiago LM, Lopes Ferreira P, Simões JA. Estudo de Fiabilidade da Escala de Capacidade de Controlo da Diabetes: Versão Breve. Acta Med Port [Internet]. 30 de Março de 2015 [citado 24 de Novembro de 2024];28(2):177-81. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5679

Edição

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