Efeitos de Anestésico Local no Tempo Entre Bólus e na Duração do Trabalho de Parto em Patient-Controlled Epidural Analgesia: Estudo Prospectivo de Dois Regimes de Doses Ultra-Baixas com Ropivacaina e Sufentanil Coimbra. Portugal.

Autores

  • José Manuel Costa-Martins Departamento de Anestesiologia. Maternidade Alfredo da Costa. Lisboa. Portugal.
  • Cláudia Camila Dias Departamento de Ciências da Informação e da Decisão em Saúde. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Marco Pereira Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Jorge Tavares Departamento de Anestesiologia. Hospital de São João. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5708

Resumo

Introdução: A patient-controlled epidural analgesia com baixas concentrações de anestésicos é eficaz na redução da dor de parto. O objectivo deste estudo foi comparar dois regimes de doses ultrabaixas de ropivacaína e sufentanil (0,1% ropivacaína associada a 0,5 μg.ml-1 sufentanil vs. 0,06% ropivacaína associada a 0,5 μg.ml-1 sufentanil) nos intervalos entre bólus e na duração do trabalho de parto.
Material e Métodos: Neste estudo prospectivo não-randomizado, realizado entre Janeiro e Julho de 2010, dois grupos de parturientes receberam patient-controlled epidural analgesia: o Grupo I (n = 58; 1 mg.ml-1 ropivacaína + 0,5 μg.ml-1 sufentanil) e o Grupo II (n = 57; 0,6 mg.ml-1 ropivacaína + 0,5 μg.ml-1 sufentanil). Quando necessário administraram-se doses de resgate de ropivacaína na concentração definida para cada grupo e sem sufentanil. Registaram-se a dor, os consumos de analgésicos, as características do bloqueio neuroaxial, do trabalho de parto, do recém-nascido, e a satisfação materna.
Resultados: A dose de ropivacaína foi maior no Grupo I (9,5 [7,7-12,7] mg.h-1 vs. 6,1 [5,1-9,8 mg.h-1], p < 0,001). No Grupo I observouse um aumento do intervalo de tempo entre bólus (beta = 32,61 min, 95% CI [25,39; 39,82], p < 0,001), enquanto no Grupo II se observou uma diminuição dos intervalos (beta = -1,40 min, 95% CI [-2,44; -0,36], p = 0,009). A duração do segundo estadio do trabalho de parto foi significativamente maior no Grupo I do que no Grupo II (78 min vs. 65 min, p < 0,001).
Conclusões: As parturientes que receberam ropivacaína a 0,06% exibiram uma menor evidência de efeitos cumulativos e um segundo estadio do trabalho de parto mais rápido do que as que receberam ropivacaína a 0,1%.
Palavras-chave: Analgesia Controlada pelo Doente; Analgesia Obstétrica; Dor do Parto; Ropivacaína; Sufentanil.

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Publicado

2015-02-27

Como Citar

1.
Costa-Martins JM, Dias CC, Pereira M, Tavares J. Efeitos de Anestésico Local no Tempo Entre Bólus e na Duração do Trabalho de Parto em Patient-Controlled Epidural Analgesia: Estudo Prospectivo de Dois Regimes de Doses Ultra-Baixas com Ropivacaina e Sufentanil Coimbra. Portugal. Acta Med Port [Internet]. 27 de Fevereiro de 2015 [citado 30 de Junho de 2024];28(1):70-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5708