Avaliação da Técnica Inalatória no Controlo Clínico e Funcional da Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Autores

  • Tiago Maricoto Medicina Geral e Familiar. Unidade de Cuidados de Saúde Primários Aveiro I. Aveiro. Portugal.
  • Luís Vaz Rodrigues Departmento de Pneumologia. Hospital Central do Baixo Vouga. Aveiro. Portugal.
  • Gilberto Teixeira Departmento de Pneumologia. Hospital Central do Baixo Vouga. Aveiro. Portugal.
  • Carla Valente Departmento de Pneumologia. Hospital Central do Baixo Vouga. Aveiro. Portugal.
  • Lília Andrade Departmento de Pneumologia. Hospital Central do Baixo Vouga. Aveiro. Portugal.
  • Alcina Saraiva Departmento de Pneumologia. Hospital Central do Baixo Vouga. Aveiro. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5905

Palavras-chave:

Administração por Inalação, Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Nebulizadores e Vaporizadores.

Resumo

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crónica e a asma afectam quase 300 milhões de indivíduos em todo o mundo. A terapêutica inalatória associa-se frequentemente a erros na técnica realizada reduzindo a eficácia e adesão.
Objectivo: Avaliar a técnica inalatória e sua relação com o controlo clínico e funcional em asma e doença pulmonar obstrutiva crónica.
Material e Métodos: Estudo transversal analítico incluindo doentes com asma e doença pulmonar obstrutiva crónica medicados com dispositivos inalatórios. Recolheram-se dados demográficos e existência de ensino prévio da técnica. Avaliou-se a técnica inalatória em: Passo 1 – expiração prévia; Passo 2 – activação do dispositivo; Passo 3 – inspiração; Passo 4 – apneia final. O controlo clínico avaliou-se com os questionários Asthma Control Test, Control of Allergic Rhinitis and Asthma Test, modified Medical Research Council e Chronic Obstructive Pulmonary Disease Assessment Test. Todos os participantes realizaram avaliação espirométrica.
Resultados: Obtiveram-se 62 participantes, dos quais 74,19% cometeram pelo menos um erro na inalação, principalmente na expiração prévia (53,2%). A existência prévia de ensino da técnica associou-se a menor nº de erros (p = 0,014). Não houve associação entre nº de erros e idade (p = 0,321), nº de anos de diagnóstico (p = 0,119) ou avaliação espirométrica (p > 0,05). Na asma encontrou-se associação entre menor número de erros e Asthma Control Test (p = 0,032) e Control of Allergic Rhinitis and Asthma Test (p = 0,008).
Discussão e Conclusão: O ensino da técnica inalatória melhora o seu desempenho futuro. A maioria dos doentes comete erros afectando o controlo clínico na asma, apesar de na doença pulmonar obstrutiva crónica não se verificar nenhuma associação. Este trabalho encontra-se a decorrer procurando reavaliar os doentes após o ensino da técnica e verificar o seu impacto subsequente.

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Biografia Autor

Tiago Maricoto, Medicina Geral e Familiar. Unidade de Cuidados de Saúde Primários Aveiro I. Aveiro. Portugal.

Tiago Maricoto

Interno de Medicina Geral e Familiar na UCSP Aveiro I - ACES Baixo Vouga

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Publicado

2015-10-20

Como Citar

1.
Maricoto T, Rodrigues LV, Teixeira G, Valente C, Andrade L, Saraiva A. Avaliação da Técnica Inalatória no Controlo Clínico e Funcional da Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Acta Med Port [Internet]. 20 de Outubro de 2015 [citado 30 de Junho de 2024];28(6):702-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5905