Anomalias Congénitas Identificadas ao Nascimento em Recém-Nascidos de Mulheres Adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6046Palavras-chave:
Adolescente, Anomalias Congénitas, Gravidez.Resumo
Introdução: Analisar a prevalência das anomalias congénitas, detetadas no nascimento, entre filhos de gestantes adolescentes, enfatizando os tipos mais comuns e a época do diagnóstico.Material e Métodos: Estudo retrospetivo do tipo censo, no qual foram analisados todos recém-nascidos, vivos ou mortos, com peso superior a 500 g, de mulheres que tiveram o parto no Hospital São Paulo num período de seis anos. Os produtos da conceção portadores de anomalias foram identificados no período pré-natal ou através do exame físico pós-natal, segundo os critérios do Estudo Colaborativo Latino-Americano das Malformações Congênitas. Os resultados são apresentados de forma descritiva através de valores absolutos e relativos, calcula-se a prevalência das anomalias e comparam-se os diferentes grupos recorrendo a testes não paramétricos.
Resultados: Foram analisadas 6 257 gestações, das quais 577 resultaram em recém-nascidos com alguma anomalia congénita identificada no nascimento (prevalência de 9,2%). Do total de gestações, 907 eram de adolescentes (idade inferior a 20 anos), para as quais se verificou uma prevalência de anomalias nos recém-nascidos de 9,9%. Comparando os recém-nascidos de adolescentes com os das mulheres com idade superior a 20 anos, apenas se encontrou diferença estatisticamente significativa para a prevalência dos defeitos do tubo neural (p = 0,027).
Discussão: Observamos uma alta taxa de partos em adolescentes, acima das taxas dos países desenvolvidos. Observamos também alta frequência de anomalias congénitas em recém-nascidos, provavelmente por sermos um serviço terciário de referência. A elevada prevalência dos defeitos do tubo neural entre grávidas jovens pode ser explicada pela não suplementação pré-concecional de ácido fólico em gravidezes não planeadas, como é característico nas adolescentes.
Conclusão: A prevalência e momento do diagnóstico das anomalias congénitas em recém-nascidos apresentam comportamentos semelhantes entre grávidas com idade inferior ou superior a 20 anos, exceto para os defeitos do tubo neural, de maior prevalência nos recém-nascidos das grávidas adolescentes.
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