Qualidade de Recuperação após Anestesia: Validação da Versão Portuguesa do

Autores

  • Ana Carolina Sá Department of Anesthesiology. Centro Hospitalar São João. Porto. Portugal.
  • Gabriela Sousa Department of Anesthesiology. Centro Hospitalar São João. Porto. Portugal.
  • Alice Santos Department of Anesthesiology. Centro Hospitalar São João. Porto. Portugal.
  • Cristina Santos Health Information and Decision Sciences Department. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Fernando José Abelha Department of Anesthesiology. Centro Hospitalar São João. Porto. Portugal. Department of Anesthesiology and Perioperative Medicine. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6129

Palavras-chave:

Período de Recuperação da Anestesia, Portugal, Questionários, Satisfação do Doente.

Resumo

Introdução: O questionário “Quality of Recovery 15” tem sido utilizado para o estudo da qualidade de recuperação após anestesia. O objetivo deste estudo foi validar a versão Portuguesa do questionário “Quality of Recovery 15”.
Material e Métodos: Após aprovação pela Comissão de Ética institucional, foi realizado um estudo de coorte prospectivo em doentes submetidos a cirurgia eletiva de junho a agosto de 2013. A versão portuguesa do “Quality of Recovery 15” foi aplicada antes da cirurgia (T0) e 24 h após a cirurgia (T1) em 170 doentes. Os doentes incapazes de dar consentimento informado ou com comprometimento cognitivo foram excluídos. Má qualidade de recuperação foi definida para pontuações de “Quality of Recovery 15” em T1 inferiores à média das pontuações de “Quality of Recovery 15” menos 1 desvio padrão. Confiabilidade e discordância entre observadores foram avaliadas por meio da correlação intraclasse. Testes não-paramétricos foram utilizados para comparações.
Resultados: Observou-se uma correlação negativa entre pontuações de “Quality of Recovery 15” e tempo de internamento na Unidade Pós-Anestésica (ρ = −0,264, p = 0,004) e tempo de internamento hospitalar (ρ = −0,274, p = 0,004). Trinta e dois doentes (19%) tiveram má qualidade de recuperação. Os doentes com má qualidade de recuperação tinham mais frequentemente diabetes mellitus e hipertensão arterial e estavam medicados com antidepressivos com mais frequência. Os doentes com má qualidade de recuperação foram mais frequentemente submetidos a anestesia combinada e menos frequente a anestesia geral e locorregional (p = 0,008). O questionário teve boa consistência interna; a confiabilidade do teste-reteste foi boa.
Discussão: A versão portuguesa do “Quality of Recovery 15” mostrou boa correlação com a versão original.
Conclusão: Este questionário parece ser uma avaliação precisa e confiável para a qualidade de recuperação.

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Publicado

2015-09-11

Como Citar

1.
Sá AC, Sousa G, Santos A, Santos C, Abelha FJ. Qualidade de Recuperação após Anestesia: Validação da Versão Portuguesa do. Acta Med Port [Internet]. 11 de Setembro de 2015 [citado 4 de Dezembro de 2024];28(5):567-74. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6129