Em Busca do Orientador de Formação Ideal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6164Palavras-chave:
Educação Médica Contínua, Ensino Médico Graduado, Internato, Medicina Interna/ensino, Mentores, Portugal, Questionários.Resumo
Introdução: A formação médica pós-graduada consiste num processo complexo no qual os orientadores assumem um papel fundamental. Apesar da sua importância, pouco se sabe sobre os orientadores dos internos portugueses. O presente estudo pretende caracterizar os orientadores de formação em Medicina Interna em Portugal.
Material e Métodos: Realizado um estudo observacional, transversal e de carácter analítico, através um questionário online anónimo onde foram avaliadas as características demográficas dos orientadores, o seu percurso na Medicina Interna e envolvimento com o processo formativo.
Resultados: Dos 213 questionários válidos (taxa de resposta estimada de 28,4%), a média global da satisfação com o orientador encontra-se nos 4,52 pontos (± 1,33), sendo a relação entre interno e orientador classificada nos 4,86 ± 1,04 pontos. O orientador ‘ideal’ foi caracterizado como dedicado e responsável (4,9 ± 1,37 pontos), com domínio de competências práticas (4,8 ± 1,12 pontos) e teóricas (4,8 ± 1,07 pontos). Foram identificados como preditores da satisfação dos internos com o orientador a relação estabelecida
entre ambos, o envolvimento do orientador na formação, o seu dinamismo, inovação e disponibilidade [modelo explicativo de 82,5% da satisfação (R2 = 0,83; R2 a = 0,82)].
Discussão: O orientador desempenha um papel preponderante no sucesso da formação pós-graduada. Os internos de Medicina Interna em Portugal encontram-se globalmente satisfeitos com os seus orientadores e valorizam preferencialmente as suas capacidades pedagógicas.
Conclusão: Este estudo aponta para a importância do orientador de formação na satisfação do interno com o seu internato, alertando para a necessidade de investir nos orientadores como forma de investimento na formação médica pós-graduada.
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