Predição de Sucesso na Versão Cefálica Externa sob Tocólise: Ainda um Desafio

Autores

  • Carolina Vaz de Macedo Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. CAM-Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Nuno Clode Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. CAM-Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Luís Mendes da Graça Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. CAM-Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6179

Palavras-chave:

Apresentação Pélvica, Gravidez, Resultado do Tratamento, Tocólise, Versão Fetal.

Resumo

Introdução: A versão cefálica externa é o procedimento de rotação fetal para uma apresentação cefálica através de manobras sobre o abdómen materno. Encontram-se descritos na literatura vários factores prognósticos para o sucesso da versão cefálica externa e foram propostos scores preditores, mas a sua verdadeira implicação para a prática clínica é controversa. Pretendemos identificar possíveis factores contributivos para o sucesso de uma tentativa de versão cefálica externa na nossa população.
Material e Métodos: Examinámos retrospectivamente 207 tentativas consecutivas de versão cefálica externa sob tocólise conduzidas entre Janeiro de 1997 e Julho de 2012. Consultámos a base de dados do departamento para as seguintes variáveis: raça, idade, paridade, índice de massa corporal, idade gestacional, peso fetal estimado, categoria de apresentação, localização placentária e índice de líquido amniótico. Efectuámos avaliação estatística descritiva e analítica monovariada e regressão binária logística.
Resultados: A versão cefálica externa foi bem-sucedida em 46,9% dos casos (97/207). Nenhuma das variáveis incluídas se associou com o desfecho da tentativa após ajuste para factores de confundimento.
Discussão: Apresentamos uma taxa de sucesso semelhante ao descrito na literatura. No entanto, ao contrário de estudos anteriores, não associámos nenhuma das variáveis analisadas com o sucesso das tentativas de versão cefálica externa. Acreditamos que esta discrepância poderá ser parcialmente explicada pelo tipo de análise estatística efectuada.
Conclusões: Apesar de terem sido identificados numerosos factores de prognóstico para o seu sucesso, o aconselhamento e selecção de grávidas para versão cefálica externa deverão ser cautelosos. Os dados obtidos sugerem que a versão cefálica externa deverá continuar a ser oferecida a todas as grávidas elegíveis independentemente de factores prognósticos de sucesso.

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Biografias Autor

Carolina Vaz de Macedo, Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. CAM-Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Médica Interna do Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia

Nuno Clode, Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. CAM-Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Chefe de Serviço de Obstetrícia do Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia

Luís Mendes da Graça, Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia. Hospital Universitário de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. CAM-Centro Académico de Medicina de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Director de Serviço do Departamento/Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia

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Publicado

2015-08-21

Como Citar

1.
Vaz de Macedo C, Clode N, Mendes da Graça L. Predição de Sucesso na Versão Cefálica Externa sob Tocólise: Ainda um Desafio. Acta Med Port [Internet]. 21 de Agosto de 2015 [citado 4 de Dezembro de 2024];28(5):554-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6179