A ressonância magnética na doença de crohn do intestino delgado
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.62Resumo
A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal de carácter crónico e recidivante, que atinge em muitos casos doentes jovens. Os métodos de imagem são indispensáveis no seu diagnóstico, na monitorização da progressão da doença e na resposta ao tratamento. Na prática clínica actual, a avaliação imagiológica da DC é efectuada de forma crescente por técnicas de imagem seccional, em particular a tomografia computorizada e a ressonância magnética (RM), permitindo a visualização simultânea do lumen e da parede intestinal, bem como a extensão extra-entérica. A enterografia por RM permite uma avaliação segura e não-invasiva destes doentes, sem necessidade de exposição a radiação ionizante. O novo paradigma de imagem deve contemplar a segurança do doente como um aspecto essencial na escolha do método de imagem. Por esta razão, a ressonância magnética poderá ser o método de avaliação preferido para a avaliação do intestino delgado, especialmente em doentes jovens com DC, considerando que a maioria irá realizar estudos de repetição. Além disso, a informação sobre a actividade da doença não é equiparável por qualquer outro método de imagem. Neste artigo de revisão os autores discutem os aspectos essenciais da utilização da RM na DC, incluindo o protocolo e os principais achados de imagem, fazendo ainda referência às suas vantagens comparativamente a outros métodos, nomeadamente no que diz respeito à segurança, à acuidade diagnóstica e à potencial importância na abordagem terapêutica desta doença.
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