Estigma e Atitudes para com Doentes Mentais em Estudantes de Medicina
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6231Palavras-chave:
Atitude, Estigma Social, Estudantes de Medicina, Psiquiatria.Resumo
Introdução: Este estudo pretende avaliar o impacto da educação psiquiátrica nas atitudes em alunos de medicina face aos doentes mentais.Material e Métodos: Foi conduzido um inquérito em corte transversal na maior faculdade de medicina portuguesa. Os alunos preencheram um questionário que incluía informação sociodemográfica, antecedentes pessoais e familiares de doença psiquiátrica, bem como a Community Attitudes towards the Mentally Ill scale.
Resultados: Em 2 178 estudantes, 398 responderam ao inquérito, representando 18,2% daquela faculdade de medicina. Houve uma significativa melhoria em todas as dimensões avaliadas pela Community Attitudes towards the Mentally Ill scale, ao longo dos anos do curso de medicina. Os valores mais elevados verificaram-se na subescala Restritividade (38,01), e os valores mais baixos na sub-escala Autoritarismo (36,13). A melhor diferença verificou-se para a sub-escala Autoritarismo (5º ano – 1º ano = 2,03), e a pior diferença verificou-se para a sub-escala Benevolência (5º ano – 1º ano = 0,39). Os melhores resultados foram encontrados no final do 3º ano.
Discussão: Os resultados poderão dever-se ao módulo de luta contra o estigma, incluído na disciplina de ‘Introdução à Saúde Mental’. Esse efeito positivo ter-se-á perdido no 4º e 5º anos, com uma degradação das atitudes.
Conclusão: Este estudo salienta a importância dos módulos de luta contra o estigma na melhoria das atitudes dos estudantes de medicina perante a saúde mental. Este tipo de acções pedagógicas preventivas com intuito anti-estigma, devem ser na melhor preparação possível de gerações médicas futuras.
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