Sífilis: Prevalência num Hospital de Lisboa
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6247Palavras-chave:
Portugal, Sífilis/epidemiologia.Resumo
Introdução: A sífilis é uma doença de transmissão sexual e vertical. A sua incidência está a aumentar na Europa, particularmente em Portugal.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo baseado na análise laboratorial de testes treponémicos positivos, entre janeiro e dezembro de 2013, no Hospital de Santa Maria. Foram incluídos doentes internados, da consulta externa, do hospital dia e da urgência. Procedeu-se a caraterização epidemiológica, classificação da doença e de fatores de risco associados.
Resultados: Obteve-se uma amostra de 484 doentes, após exclusão de 51 por ausência de dados clínicos nos processos e de 45 por valores falsos positivos. Verificou-se predomínio do sexo masculino (75%) e idade média de 47 anos. A maioria (59%) tinha testes serológicos compatíveis com sífilis no passado e 3,7% encontrava-se em vigilância clínica. Diagnosticou-se sífilis primária em 13
doentes, secundária em 71, latente precoce em 40, latente indeterminada em 49 e latente tardia em cinco. No grupo sífilis recente, 42% (n = 124) eram seropositivos para o VIH e 8% tiveram, em simultâneo, este diagnóstico.
Discussão: Salienta-se a elevada prevalência da coinfeção pelo VIH nos doentes com sífilis recente, reforçando a importância de promover a utilização de medidas preventivas. Registaram-se 11% de formas clínicas tardias, que são de notificação obrigatória desde junho de 2014. Todos os testes serológicos para o diagnóstico de sífilis apresentam limitações, o que enfatiza a importância da correlação clínico-laboratorial.
Conclusão: A sífilis continua a ser um problema de saúde pública pelo que é necessário estabelecer programas de educação, rastreio e follow-up para reduzir a sua prevalência e tornar mais eficiente o rastreio dos parceiros.
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