Carência de Vitamina D numa População Hospitalar: Uma Fotografia pela Perspetiva Laboratorial
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6253Palavras-chave:
Deficiência de Vitamina D, Estações do Ano, Portugal, Vitamina D.Resumo
Introdução: Apesar da hipovitaminose D ser cada vez mais reconhecida em todo o mundo, existem poucos estudos sobre a realidade portuguesa. Este trabalho pretende analisar o nível de vitamina D nos doseamentos realizados no nosso hospital e sua relação com idade, sexo, especialidade requisitante e momento da colheita.
Material e Métodos: Estudo observacional dos doseamentos de 25(OH)D realizados no nosso Hospital entre junho de 2012 e novembro de 2014. Variáveis estudadas: sexo, idade, especialidade requisitante, mês de colheita. O status de vitamina D foi classificado como: ‘Deficiência’ (≤ 20 ng/mL), ‘Insuficiência’ (21 – 29 ng/mL) e ‘Suficiência’ (≥ 30 ng/mL).
Resultados: Incluímos 5 439 doseamentos; 55,0% pertenciam a mulheres; a idade mediana foi 64,0 anos. Sessenta por cento apresentavam ‘Deficiência’, 20,7% ‘Insuficiência’ e 18,9% ‘Suficiência’. Encontrámos uma correlação negativa entre idade e nível de vitamina D (p < 0,001), não havendo diferenças significativas entre sexos. Nove especialidades requisitaram 98% dos doseamentos, destacando-se a Nefrologia (56,2%). Encontrámos diferenças entre especialidades requisitantes relativamente à idade e nível de vitamina D (p < 0,001). O nível de vitamina D variou ao longo do ano, com níveis superiores no verão, seguido do outono, primavera e inverno (p < 0,001). Apesar desta variação sazonal, a suficiência de vitamina D foi sempre minoritária, sendo de 27,8% no Verão e 9,2% no Inverno.
Discussão: A carência de vitamina D nesta população é elevada, transversal a todas as idades e não compensada pela variação sazonal da exposição solar.
Conclusão: A hipovitaminose D é um problema real, prevalente e merecedor de atuação na nossa população, atendendo às suas implicações clínicas.
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