Conhecer a Diversidade do Vírus da Hepatite C para Além da Frequência dos Genótipos em Amostras Analisadas entre 2009 e 2014 no Laboratório de Referência do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

Autores

  • Elizabeth Pádua Laboratório Nacional de Referência de Infeções Sexualmente Transmissíveis -VIH e vírus da hepatite B e C. Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Ana Patricia Avó Laboratório Nacional de Referência de Infeções Sexualmente Transmissíveis -VIH e vírus da hepatite B e C. Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Catarina Almeida Laboratório Nacional de Referência de Infeções Sexualmente Transmissíveis -VIH e vírus da hepatite B e C. Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Ivone Água Doce Laboratório Nacional de Referência de Infeções Sexualmente Transmissíveis -VIH e vírus da hepatite B e C. Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.
  • Helena Cortes Martins Laboratório Nacional de Referência de Infeções Sexualmente Transmissíveis -VIH e vírus da hepatite B e C. Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6257

Palavras-chave:

Diversidade Genética, Genótipos, Subtipos, Vírus da Hepatite C.

Resumo

Introdução: A identificação dos genótipos do vírus da hepatite C foi essencial para o prognóstico e tratamento dos doentes crónicos durante os últimos anos. Foram objetivos deste estudo conhecer a frequência de genótipos do vírus da hepatite C nos últimos seis anos, e revelar o contributo de um ensaio in-house para caracterização molecular do vírus.
Material e Métodos: A genotipagem do vírus da hepatite C por LiPA foi realizada em 923 amostras, maioritariamente provenientes de indivíduos do sexo masculino. A subtipagem do vírus da hepatite C pelo ensaio in-house com alvo nas regiões Core/E1 e/ou NS5B foi efetuada em 112 amostras.
Resultados: Observámos elevada prevalência do genótipo 1 (56,6%), sendo a frequência do subtipo 1a quatro vezes superior ao subtipo 1b. Todos os casos de genótipo 3 (27,5%) foram classificados em subtipo 3a. Nas infeções pelo genótipo 4 (12,9%), identificaram-se os subtipos 4a (65,5%), 4d (31%), 4b (1,7%) e 4c (1,7%). Foram identificadas a RF1_2k/1b, recombinantes intragenótipo 2 e potenciais infeções mistas na população analisada.
Discussão: Os subtipos mais prevalentes, 1a e 3a, estão descritos como comuns em utilizadores de drogas injetáveis. Apesar da maioria das amostras analisadas corresponder a reclusos (78,4%), não podemos excluir eventuais comportamentos de risco associados ao consumo de drogas ilícitas.
Conclusões: A prevalência elevada do subtipo 1a, a frequência e diversidade do genótipo 4 e a identificação de vírus geneticamente recombinados, sugerem alteração do padrão molecular vírus da hepatite C descrito no passado. O ensaio in-house implementado revelou ser útil para a correta classificação do vírus da hepatite C e melhoria do conhecimento sobre a diversidade do vírus em circulação no país.

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Biografia Autor

Elizabeth Pádua, Laboratório Nacional de Referência de Infeções Sexualmente Transmissíveis -VIH e vírus da hepatite B e C. Departamento de Doenças Infeciosas. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa. Portugal.

Department of Infectious Diseases

Publicado

2015-10-20

Como Citar

1.
Pádua E, Avó AP, Almeida C, Água Doce I, Cortes Martins H. Conhecer a Diversidade do Vírus da Hepatite C para Além da Frequência dos Genótipos em Amostras Analisadas entre 2009 e 2014 no Laboratório de Referência do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Acta Med Port [Internet]. 20 de Outubro de 2015 [citado 30 de Junho de 2024];28(6):695-701. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6257