Oxigenoterapia Hiperbárica no Tratamento da Gangrena de Fournier: Revisão
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6300Palavras-chave:
Gangrena de Fournier, Oxigenação Hiperbárica.Resumo
Introdução: A gangrena de Fournier é uma infecção necrotizante grave, que pode levar à morte se não for tratada rapidamente. O tratamento baseia-se na combinação do desbridamento cirúrgico, antibioterapia e terapêutica de suporte. A oxigenoterapia hiperbárica surge como adjuvante quer na optimização da oxigenação dos tecidos infetados, quer através da ação bactericida e bacteriostática.Material e Métodos: Foi feita uma revisão dos processos clínicos dos doentes com gangrena de Fournier referenciados ao Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica da Marinha para realizar oxigenoterapia hiperbárica num período de 25 anos.
Resultados: Foram tratados 34 doentes. A maioria dos doentes era do género masculino (94,1%) com idade média de 53,7 anos. A diabetes foi a comorbilidade mais frequentemente associada. O foco de infeção mais frequente foi o trato urinário. A taxa de mortalidade foi de 20,8%.
Discussão: A diabetes é a comorbilidade mais frequente, sugerindo a diabetes como factor predisponente. A maioria dos doentes falecidos tinham diabetes, todavia não se conseguiu estabelecer correlação entre diabetes e morte. A área de residência dos doentes parece limitar a referenciação ao centro.
Conclusões: A gangrena de Fournier, apesar de rara, é uma doença potencialmente fatal, nomeadamente em doentes com comorbilidades como a diabetes. A oxigenoterapia hiperbárica está recomendada como adjuvante à terapêutica convencional e, quando este recurso está disponível, deve ser considerado. São necessários mais estudos para melhor aferir o papel da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento desta entidade.
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