Caracterização e Evolução dos Internamentos Evitáveis em Portugal: Impacto de Duas Abordagens Metodológicas

Autores

  • João Sarmento Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Conceição Alves Unidade de Saúde Familiar São Julião. Oeiras. Portugal.
  • Paula Oliveira Unidade de Saúde Familiar São Julião. Oeiras. Portugal.
  • Rita Sebastião Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Sete Rios. Lisboa. Portugal.
  • Rui Santana Centro de Investigação em Saúde Pública (CISP). Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6324

Palavras-chave:

Avaliação de Processos e Resultados (Cuidados de Saúde), Cuidados Ambulatórios, Hospitalização, Portugal.

Resumo

Introdução: O objectivo deste estudo é avaliar a performance dos sistemas de saúde através dos internamentos evitáveis, dado que estes têm vindo a ganhar importância a nível internacional. Foram utilizadas duas metodologias distintas para a identificação dos internamentos por Ambulatory Care Sensitive Conditions, fazendo uma descrição da realidade e a evolução destes em Portugal.
Material e Métodos: Analisámos mais de 12 milhões de internamentos entre 2000 e 2012, utilizando as bases de dados de resumos de alta nacionais. Utilizaram-se duas metodologias de identificação das Ambulatory Care Sensitive Conditions, determinando a sua concordância. Calculámos cenários de melhoria potencial.
Resultados: Em 2012, 4,4% e 32,5% dos internamentos por causas médicas seriam evitáveis segundo a metodologia canadiana e espanhola respectivamente. Os internamentos são mais frequentes nas crianças e nos idosos, divergindo as suas causas de acordo com o grupo etário e a metodologia utilizada. A taxa de internamentos no período em análise diminuiu 20% segundo a metodologia canadiana e aumentou 16% segundo a espanhola. Existem agregados regionais de performance acima e abaixo da média nacional. A concordância entre as duas metodologias é baixa. Estimaram-se reduções potenciais entre 20,3% e 53,5% dos internamentos.
Discussão: Os internamentos evitáveis assumem um volume considerável em Portugal. Apesar de em teoria serem evitáveis a sua eliminação por completo não é uma possibilidade prática, no entanto, o seu estudo possibilita a avaliação e monitorização de resultados e o estabelecimento de prioridades de intervenção
Conclusão: Para uma caracterização mais precisa dos internamentos evitáveis é necessário consensualizar em Portugal a metodologia para a sua identificação.

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Biografias Autor

João Sarmento, Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Doutorando em Políticas, Gestão e Administração da Saúde

Conceição Alves, Unidade de Saúde Familiar São Julião. Oeiras. Portugal.

Interna de Medicina Geral e Familiar

Paula Oliveira, Unidade de Saúde Familiar São Julião. Oeiras. Portugal.

Interna de Medicina Geral e Familiar

Rita Sebastião, Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Sete Rios. Lisboa. Portugal.

Interna de Medicina Geral e Familiar

Rui Santana, Centro de Investigação em Saúde Pública (CISP). Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Professor Auxiliar

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Publicado

2015-09-01

Como Citar

1.
Sarmento J, Alves C, Oliveira P, Sebastião R, Santana R. Caracterização e Evolução dos Internamentos Evitáveis em Portugal: Impacto de Duas Abordagens Metodológicas. Acta Med Port [Internet]. 1 de Setembro de 2015 [citado 4 de Dezembro de 2024];28(5):590-60. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6324