Duplicação Ureteral Completa: Resultado de Diferentes Abordagens Cirúrgicas
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6329Palavras-chave:
efrectomia, Refluxo Vesicoureteral, Ureter/anomalias, Ureter/cirurgia.Resumo
Introdução: O tratamento cirúrgico das duplicações ureterais completas não é consensual.
Objetivos: Caraterizar a população pediátrica submetida a cirurgia para tratamento de duplicações ureterais completas e avaliar resultados de diferentes abordagens.
Material e Métodos: Processos clínicos de doentes tratados entre janeiro de 2008 e junho de 2014 foram retrospetivamente revistos. Dados acerca de epidemiologia, diagnóstico, manifestações clínicas e procedimentos cirúrgicos foram recolhidos. As unidades ureterais foram divididas em dois grupos: A, com ureterocelo; e B, sem ureterocelo.
Resultados: Quarenta e uma unidades ureterais de 32 doentes com duplicação completa foram intervencionados. No grupo A (n = 18), o procedimento primário selecionado foi: punção de ureterocelo (12); reimplantação de ureter (3); pielopielostomia (2) e heminefrectomia (1). Foi necessário reintervir em três dos 12 casos submetidos a punção: heminefrectomia (1), ureteroureterostomia (1) e reimplantação (1). No grupo B (n = 23), foi efetuado STING em 10 unidades, reimplantação ureteral em três, pielopielostomia em três, ureteroureterostomia em um, e heminefrectomia em seis; dois casos necessitaram de reintervenção.
Discussão: Foi favorecida uma abordagem primária conservadora para tratamento de ureterocelo ou refluxo em hemissistemas a preservar (53,7%; n = 22/41), tendo sido eficaz per se em 75% (n = 9/12) unidades do grupo A e 80% (n = 8/10) do grupo B. Uma abordagem ablativa primária foi adotada em 17% (n = 7/14) casos, 5,6% do grupo A (n = 1/18) e 26,1% do grupo B (n = 6/23).
Conclusão: Uma abordagem conservadora é eficaz como procedimento primário isolado na maioria dos casos com ureterocelo ou refluxo. Mais estudos são necessários para estabelecer as suas vantagens sobre abordagens primárias invasivas ou ablativas.
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