Duplicação Ureteral Completa: Resultado de Diferentes Abordagens Cirúrgicas

Autores

  • Isabel Rodrigues Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • José Estevão-Costa Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Cirurgia Pediatrica. Centro Hospitalar de S. João. Porto.
  • Ana Catarina Fragoso Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Departamento de Cirurgia Pediatrica. Centro Hospitalar de S. João. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6329

Palavras-chave:

efrectomia, Refluxo Vesicoureteral, Ureter/anomalias, Ureter/cirurgia.

Resumo

Introdução: O tratamento cirúrgico das duplicações ureterais completas não é consensual.
Objetivos: Caraterizar a população pediátrica submetida a cirurgia para tratamento de duplicações ureterais completas e avaliar resultados de diferentes abordagens.
Material e Métodos: Processos clínicos de doentes tratados entre janeiro de 2008 e junho de 2014 foram retrospetivamente revistos. Dados acerca de epidemiologia, diagnóstico, manifestações clínicas e procedimentos cirúrgicos foram recolhidos. As unidades ureterais foram divididas em dois grupos: A, com ureterocelo; e B, sem ureterocelo.
Resultados: Quarenta e uma unidades ureterais de 32 doentes com duplicação completa foram intervencionados. No grupo A (n = 18), o procedimento primário selecionado foi: punção de ureterocelo (12); reimplantação de ureter (3); pielopielostomia (2) e heminefrectomia (1). Foi necessário reintervir em três dos 12 casos submetidos a punção: heminefrectomia (1), ureteroureterostomia (1) e reimplantação (1). No grupo B (n = 23), foi efetuado STING em 10 unidades, reimplantação ureteral em três, pielopielostomia em três, ureteroureterostomia em um, e heminefrectomia em seis; dois casos necessitaram de reintervenção.
Discussão: Foi favorecida uma abordagem primária conservadora para tratamento de ureterocelo ou refluxo em hemissistemas a preservar (53,7%; n = 22/41), tendo sido eficaz per se em 75% (n = 9/12) unidades do grupo A e 80% (n = 8/10) do grupo B. Uma abordagem ablativa primária foi adotada em 17% (n = 7/14) casos, 5,6% do grupo A (n = 1/18) e 26,1% do grupo B (n = 6/23).
Conclusão: Uma abordagem conservadora é eficaz como procedimento primário isolado na maioria dos casos com ureterocelo ou refluxo. Mais estudos são necessários para estabelecer as suas vantagens sobre abordagens primárias invasivas ou ablativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2016-04-29

Como Citar

1.
Rodrigues I, Estevão-Costa J, Fragoso AC. Duplicação Ureteral Completa: Resultado de Diferentes Abordagens Cirúrgicas. Acta Med Port [Internet]. 29 de Abril de 2016 [citado 22 de Dezembro de 2024];29(4):275-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6329

Edição

Secção

Original