Esclerose Múltipla Pediátrica em Portugal: Um Estudo Multicêntrico
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6346Palavras-chave:
Adolescente, Criança, Esclerose Múltipla, Portugal.Resumo
Introdução: A esclerose múltipla é habitualmente diagnosticada em adultos jovens mas, mais raramente, pode manifestar-se durante a infância ou adolescência. Os dados sobre a esclerose múltipla pediátrica em Portugal são escassos. O objectivo principal deste estudo é a avaliação das características demográficas, clínicas, laboratoriais e neurorradiológicas da esclerose múltipla de início em idade pediátrica em Portugal. Os objetivos secundários consistem na comparação entre a esclerose múltipla de início na infância e aesclerose múltipla de início na adolescência e na caracterização dos tratamentos prescritos.
Material e Métodos: Realizou-se um estudo retrospectivo, observacional e multicêntrico, que consistiu na análise dos dados de todos os doentes com apresentação da EM antes dos 18 anos.
Resultados: Incluíram-se 46 doentes (72% do sexo feminino), com uma idade média de diagnóstico de 16,1 anos. Seis casos tiveram início na infância, 40 na adolescência. A esclerose múltipla apresentou-se em 98% dos casos com a forma surto-remissão. O estudo do líquor revelou bandas oligoclonais em 74% dos doentes. A ressonância magnética encefálica mostrou predominantemente lesões supratentoriais (98% dos casos), enquanto que a ressonância medular revelou que o segmento cervical foi o mais frequentemente afectado. Todos os doentes iniciaram terapêutica imunomoduladora (75% com interferão β). Relativamente às diferenças entre os dois grupos etários, encontrámos uma maior proporção de doentes do sexo masculino e com pleocitose no grupo com apresentação na
infância.
Discussão: Este trabalho fornece novos dados sobre as características da esclerose múltipla pediátrica em Portugal e os resultados são semelhantes aos reportados em outras partes do mundo.
Conclusão: Este é o primeiro estudo multicêntrico português sobre a esclerose múltipla com apresentação na infância e adolescência. Mais estudos são necessários para clarificar os mecanismos subjacentes às particularidades da esclerose múltipla pediátrica.
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