Mastite neonatal: experiência de 12 anos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.64Resumo
Introdução e Objectivos: A mastite é uma inflamação da mama, que pode ou não ser acompanhada de processo infeccioso, sendo o Staphylococcus aureus o gérmen mais frequentemente isolado. A grande maioria dos casos é unilateral e tem bom prognóstico. O objectivo deste estudo foi caracterizar as mastites neonatais infecciosas diagnosticadas e tratadas num hospital de nível 3.
Métodos: Análise retrospectiva dos processos clínicos de lactentes com menos de dois meses com diagnóstico de mastite neonatal, observados entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2011. Foram avaliados aspectos clínicos, laboratoriais e microbiológicos bem como o tratamento instituído e evolução.
Resultados: Foram incluídos 21 lactentes, 14 do sexo feminino. A mediana da idade de diagnóstico foi de 21 dias. A mastite foi unilateral em 19 casos. Os sinais clínicos mais frequentes foram tumefacção e eritema. Em três crianças foi documentada febre. O agente isolado no exsudato mamário foi Staphylococcus aureus, meticilina susceptível em seis casos e meticilina resistente em três. A terapêutica antibiótica mais utilizada foi a flucloxacilina, com duração mediana de dez dias. Registaram-se 11 casos de abcesso mamário, dez drenados cirurgicamente e um com drenagem espontânea. Em dois casos com identificação de Staphylococcus aureus meticilina resistente houve evolução favorável com drenagem cirúrgica, apesar de antibioticoterapia com β-lactâmico. Não ocorreu outro tipo de complicações.
Conclusões: Tal como descrito na literatura, nesta série a mastite neonatal foi mais frequente no sexo feminino e unilateral. Em metade dos casos ocorreu formação de abcesso mamário. O único gérmen isolado foi Staphylococcus aureus (nove casos), sendo meticilina resistente em três, dois destes com evolução favorável com drenagem cirúrgica apesar de antibioticoterapia com β-lactâmico.
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