Condilomas Anogenitais numa Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis: Centro de Saúde da Lapa - Lisboa, 2008 a 2014
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6402Palavras-chave:
Condiloma Acuminado, Doenças Virais Sexualmente Transmissíveis, Infecções por Papillomavirus, Vacina Quadrivalente Recombinante Contra Papilomavírus Humano, Tipos 6, 11, 16 e 18, Verrugas.Resumo
Introdução: O vírus do papiloma humano é responsável pela infeção sexualmente transmissível mais comum, podendo manifestar--se por um conjunto amplo de doenças, nomeadamente condilomas anogenitais, papilomatose laríngea recorrente, e neoplasias da região anogenital, colo do útero e orofaringe. Estima-se que os condilomas anogenitais afetem 1% da população sexualmente ativa, causados em cerca de 90% pelos genótipos 6 e 11.
Material e Métodos: Identificámos os doentes com primeiro diagnóstico de condilomas anogenitais da consulta de doenças sexualmente transmissíveis do Centro de Saúde da Lapa, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014, e caracterizámos os doentes por sexo, orientação sexual, idade, localização das lesões, e número de parceiros nos últimos seis meses.
Resultados: Foram identificados 902 indivíduos com primeiro diagnóstico de condilomas anogenitais. Observámos uma diminuição significativa de novos casos nas mulheres com < 19 anos (r = -0,848; p = 0,016), e uma diminuição sem significado estatístico nos homens com < 19 anos e nas mulheres entre os 20 - 24 anos.
Discussão: Em outubro de 2008, a vacina quadrivalente (genótipos 6, 11, 16, 18) foi introduzida no plano nacional de vacinação de Portugal, abrangendo as adolescentes com 13 anos, com um catch-up para as de 17 anos. A diminuição de primeiros diagnósticos de condilomas anogenitais nas mulheres, deve-se provavelmente à sua vacinação antes de iniciarem a vida sexual.
Conclusão: Este estudo reforça a importância do programa nacional de vacinação para o vírus do papiloma humano.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons