Decidualização Ectópica: Uma Entidade Esquecida
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6466Palavras-chave:
Complicações na Gravidez, Decídua, Gravidez.Resumo
Introdução: Apesar da decidualização ectópica ser uma entidade frequentemente subdiagnosticada, pode ter impacto clínico adverso na morbimortalidade materno-fetal. O objetivo deste trabalho foi rever a evidência científica relativa a etiopatogenia, clínica, abordagem diagnóstica e terapêutica sobre esta temática.
Material e Métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada na PubMed, Web of Science e Scopus, através da query (‘deciduosis’ OR ‘ectopic decidualization’ OR ‘ectopic decidua’ OR ‘ectopic decidua reaction’), incluindo-se artigos publicados até 31/6/2014 e de todos os níveis de evidência.
Resultados: A decidualização ectópica, geralmente, representa uma condição benigna, assintomática e sem necessidade de intervenção terapêutica. Encontra-se, maioritariamente, associada à gravidez, com regressão completa no período pós-parto. A frequência do seu diagnóstico depende da suspeição clínica, bem como do local onde surge, sendo o omento e o ovário os locais mais comuns. Quando sintomática, as principais manifestações clínicas são quadros hemorrágicos, nomeadamente hemorragia genital e hemoperitoneu. Os diagnósticos diferenciais incluem patologia maligna, sendo essencial, nestas situações, a confirmação histopatológica. O baixo índice de suspeição clínica pode levar à realização de biópsia, que pode acarretar impacto adverso grave devido à elevada friabilidade destas lesões.
Discussão e Conclusão: O reconhecimento desta entidade e das suas características clínicas torna-se essencial na conduta destas doentes. Tal permite por um lado a abordagem médica precoce e adequada nos casos graves, e por outro lado (na maioria dos casos) manter a atitude expectante minimizando a iatrogenia, mantendo o desfecho favorável da decidualização ectópica.
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