Tumores Malignos do Intestino Delgado: Diagnóstico, Tratamento e Prognóstico
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6479Palavras-chave:
Endoscopia por Cápsula, Neoplasias Intestinais, Portugal.Resumo
Introdução: Apesar de entidades raras, a incidência dos tumores malignos do intestino delgado parece estar a aumentar. O desenvolvimento da cápsula endoscópica e da enteroscopia assistida por balão permitiram um avanço na avaliação das lesões do intestino delgado. Temos como objetivo descrever as características clínicas e patológicas dos doentes com cancro do intestino delgado e averiguar o papel que estas técnicas endoscópicas assumem atualmente.Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo dos doentes diagnosticados com cancro do intestino delgado, desde janeiro de 2010 até outubro de 2014. Os dados foram submetidos a análise estatística.
Resultados: Dos 28 doentes diagnosticados, 54% eram do sexo feminino. A idade média ao diagnóstico foi de 61 anos. O tumor mais frequente foi o adenocarcinoma (n = 11), seguido do sarcoma (n = 6), linfoma (n = 6) e tumores neuroendócrinos (n = 3). A principal forma de apresentação esteve relacionada com perdas hemáticas ou obstrução intestinal. Ao diagnóstico, 46% dos doentes tinham
metástases distantes/tumor irressecável. A maioria dos tumores foi diagnosticada por técnicas endoscópicas (41%) ou imagiológicas (35%). No primeiro ano após o diagnóstico, 29% dos doentes faleceram. Na análise multivariada, o adenocarcinoma permaneceu fator independente para pior sobrevida.
Discussão: Os doentes com adenocarcinoma apresentaram-se em estádios tardios e com tumores irressecáveis, contribuindo para um pior prognóstico. É necessário um elevado grau de suspeita clínica para o diagnóstico de cancro do intestino delgado.
Conclusão: As características dos doentes foram globalmente consistentes com o descrito na literatura. A cápsula endoscópica e a enteroscopia assistida por balão são úteis no diagnóstico, gestão e vigilância do cancro do intestino delgado.
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