Parto Pré-Termo Tardio e de Termo Precoce em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6523Palavras-chave:
Mortalidade Infantil, Nascimento Prematuro, Portugal, Prematuro, Prevalência, Questionários.Resumo
Introdução: Nos últimos anos, vários autores evidenciaram a morbilidade associada aos partos ocorridos entre as 34 e 36 semanas (pré-termo tardio) e entre as 37 e 38 semanas de gestação (termo precoce). Neste sentido, pretendemos realizar um estudo epide-miológico dos partos que ocorrem nestas idades gestacionais, em Portugal.
Material e Métodos: Realizámos um inquérito, que foi aplicado a todos os hospitais públicos de Portugal, acerca da prevalência e via de parto nos partos pré-termo tardios e de termo precoce, e morbilidade e mortalidade neonatal associada. As questões referiam-se apenas a gestações de feto único e a partos ocorridos em 2013.
Resultados: Incluímos 14 hospitais, correspondendo a 33,5% dos partos ocorridos em Portugal, em 2013. Verificámos que 5,4% dos partos ocorreram no período pré-termo tardio e 27% no termo precoce. Aproximadamente dois terços dos partos pré-termo tardio e três quartos dos partos de termo precoce foram espontâneos. A taxa de cesariana foi mais elevada entre as 34 e 36 semanas de gestação (39,1%) do que entre as 37 e 38 semanas (26,4%). As complicações neonatais foram mais frequentes após um parto pré-termo tardio (34,2%), quando comparadas com os de termo precoce (14,2%).
Discussão: Na nossa amostra, a prevalência de parto pré-termo tardio e de termo precoce, ainda que ligeiramente inferior, é comparável à publicada em estudos anteriores.
Conclusão: É importante que a comunidade obstétrica nacional adote atitudes no sentido de limitar os partos antes das 39 semanas de gestação. Assim, nestas idades gestacionais os partos devem possuir uma indicação médica válida.
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