Relação entre Variáveis QT e Geometria do Ventrículo Esquerdo em Atletas e Crianças Obesas
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6538Palavras-chave:
Atletas, Criança, Electrocardiografia, Hipertrofia Ventricular Esquerda, Sobrepeso.Resumo
Introdução: O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre variáveis QT e geometria do ventrículo esquerdo em atletas e crianças obesas.
Material e Métodos: Foram incluídos no estudo 209 crianças e adolescentes. Trinta e oito deles eram obesos, 140 foram atletas e 31 tinham peso normal. Crianças com antecedentes funcionais e estruturais de doenças cardiovasculares (adquiridas e congénitas), doenças sistémicas crónicas, hipertensão arterial, apneia do sono, doenças endocrinológicas foram excluídos. Todos os sujeitos rea-lizaram detalhados exames eletrocardiográficos e ecocardiográficos.
Resultados: A dispersão do QT foi significativamente maior em crianças obesas, jogadores de basquete, jogadores de futebol e nadadores, por comparação com o grupo controlo (p < 0,05, p < 0,001, < 0,001 e < 0,01, respetivamente). Os jogadores de basquetebol tiveram a maior dispersão do QT. O diâmetro ventricular esquerdo endosistólico (mm/m2) foi maior nos jogadores, nadadores, lutadores e jogadores de ténis por comparação com indivíduos obesos. A espessura do septo interventricular na diástole foi maior em nadadores por comparação com o grupo controlo (p < 0,001) e a espessura da parede posterior do ventrículo esquerdo foi significativamente maior nos jogadores e nadadores por comparação a indivíduos saudáveis (p < 0,01 e p < 0,001, respetivamente). A geometria do ventrículo esquerdo foi normal em 84 pacientes (47,1%), mas 34 pacientes (19,1%) tinham remodelação concêntrica, 20 (22,4%) apresentaram hipertrofia concêntrica e 40 (28,6%) apresentaram hipertrofia excêntrica. Não foi observada hipertrofia concêntrica e excêntrica em indivíduos obesos. A hipertrofia do ventrículo esquerdo era proeminente nos grupos dinâmico e combinado mas a diferença não foi estatisticamente significativa (p = 0,204). A dispersão do QT foi significativamente maior nos obesos e praticantes de desporto dinâmico e combinado em relação ao grupo controlo (p < 0,05, p < 0,001 e p < 0,001, respetivamente).
Discussão: Neste estudo determinámos que a dispersão do QT é elevada em tipos de desporto dinâmico e combinado, e em crianças obesas.
Conclusão: A dispersão do QT é prolongada em pacientes obesos e atletas que participam em desporto dinâmico e combinado.
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