Hipofisite Induzida por Ipilimumab: Desafios Diagnósticos e Terapêuticos

Autores

  • Pedro Marques Serviço de Endocrinologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Ashley Grossman Department Endocrinology and Metabolism. Oxford Centre for Diabetes. Oxford. United Kingdom.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6541

Palavras-chave:

Anticorpos Monoclonais, Doenças da Hipófise/ induzido quimicamente, Inflamação/induzido quimicamente, Ipilimumab.

Resumo

A hipofisite autoimune tem sido reportada em doentes sob ipilimumab, um anticorpo monoclonal humanizado usado no tratamento do melanoma metastático. Apresenta-se o caso de uma doente do sexo feminino, 67 anos, com um quadro de fadiga, náuseas e cefaleias após a terceira dose de ipilimumab para tratamento de melanoma metastático (quatro administrações com intervalos de três semanas). A avaliação hormonal confirmou hipocortisolismo, gonadotrofinas baixas e hormona estimulante da tiróide com T4 livre normal (sob terapêutica com levotiroxina devido a cirurgia tiroideia prévia). A ressonância mangnética revelou aumento do volume hipofisário compatível com hipofisite autoimune. Iniciou-se terapêutica substitutiva com hidrocortisona oral, com melhoria sintomática. Quatro meses depois verificou-se redução do volume da hipófise. A doente está atualmente assintomática sob terapêutica com glucocorticóides e levotiroxina. Este caso ilustra aspetos clínicos, diagnósticos e terapêuticos da hipofisite autoimune induzida por ipilimumab, enfatizando a necessidade de alerta para os potenciais efeitos adversos das novas terapêuticas imunomoduladoras, entre os quais a hipofisite autoimune.

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Biografia Autor

Pedro Marques, Serviço de Endocrinologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Interno Complementar de Endocrinologia

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Publicado

2015-10-07

Como Citar

1.
Marques P, Grossman A. Hipofisite Induzida por Ipilimumab: Desafios Diagnósticos e Terapêuticos. Acta Med Port [Internet]. 7 de Outubro de 2015 [citado 22 de Novembro de 2024];28(6):775-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6541

Edição

Secção

Caso Clínico