Vacinação Contra Infeções por Streptococcus pneumoniae em Crianças e Adolescentes de Alto Risco para Doença Invasiva Pneumocócica

Autores

  • Marta Tendais-Almeida Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Manuel Ferreira-Magalhães Serviço de Pediatria. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Serviço de Pediatria. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Porto. Portugal.
  • Inês Alves Serviço de Pediatria. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal.
  • Margarida Tavares Serviço de Pediatria. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal.
  • Inês Azevedo Serviço de Pediatria. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Serviço de Pediatria. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. EpiUnit. Instituto de Saúde Pública. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6545

Palavras-chave:

Adolescente, Criança, Streptococcus pneumoniae, Vacinação, Vacinas Pneumocócicas.

Resumo

Introdução: Em Portugal, a vacinação anti-pneumocócica é gratuita e recomendada pela Direção-Geral da Saúde na população pediátrica de alto risco para doença invasiva pneumocócica. O objetivo deste estudo foi analisar o cumprimento vacinal numa população pediátrica seguida em consulta hospitalar.
Material e Métodos: Estudo observacional transversal, em crianças com diagnóstico de alto risco de doença invasiva pneumocócica e consulta num hospital nível três, entre julho e dezembro de 2014. Os dados foram obtidos através do processo clínico, Boletim Individual de Saúde e Plataforma de Dados da Saúde®.
Resultados: Dos 122 participantes, 95,9% realizaram, pelo menos, uma dose de vacina mas, destes, só 64,8% efetuaram o esquema completo. O cumprimento do esquema vacinal foi melhor nos de idade inferior a cinco anos (p < 0,01). A proporção de crianças com esquema completo foi de: 100% nas hemoglobinopatias, 100% nas infeções por vírus da imunodeficiência humana, 66,7% nos prematuros com idade gestacional ≤ 28 semanas, 62,5% nos esplenectomizados e 54,7% na síndrome de Down. As crianças têm mais esquemas completos quando são seguidas em consulta de Infeciologia (100%) e de Pneumologia pediátricas (88,2%). O grupo
com idade superior a cinco anos está mais vacinado com a vacina polissacarida 23-valente do que o dos 2-5 anos (74,5% vs 40,5%; p < 0,01).
Discussão: A maioria da nossa população de alto risco para doença invasiva pneumocócica efetuou vacinação anti-pneumocócica, mas apenas dois terços completaram o esquema recomendado, sendo a maior falha na administração da vacina polissacarida 23-valente.
Conclusões: Embora estes resultados sejam melhores do que em países europeus com recomendações semelhantes, é necessário explorar as causas das falhas observadas para otimizar a vacinação.

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Publicado

2015-08-13

Como Citar

1.
Tendais-Almeida M, Ferreira-Magalhães M, Alves I, Tavares M, Azevedo I. Vacinação Contra Infeções por Streptococcus pneumoniae em Crianças e Adolescentes de Alto Risco para Doença Invasiva Pneumocócica. Acta Med Port [Internet]. 13 de Agosto de 2015 [citado 30 de Junho de 2024];28(5):583-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6545