Epidemiologia da Vertigem na Urgência Hospitalar

Autores

  • Luis Roque Reis Serviço de Otorrinolaringologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Departamento de Otorrinolaringologia. Faculdade de Ciências Médicas. Lisboa.
  • Rita Lameiras Serviço de Otorrinolaringologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Pedro Cavilhas Serviço de Otorrinolaringologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Pedro Escada Serviço de Otorrinolaringologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Departamento de Otorrinolaringologia. Faculdade de Ciências Médicas. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6571

Palavras-chave:

Portugal, Serviço de Urgência Hospitalar, Vertigem/epidemiologia.

Resumo

Introdução: A vertigem é um dos motivos mais frequentes na procura de atendimento médico especializado na urgência. O objetivo deste estudo foi avaliar o peso real que as alterações do equilíbrio têm na urgência de Otorrinolaringologia, as suas características epidemiológicas e uma eventual sazonalidade por estações do ano. Usou-se uma amostra de doentes que utilizou o serviço de urgência desta especialidade de um hospital central universitário de Lisboa durante um período de quatro anos.
Material e Métodos: O projeto foi concebido como um estudo epidemiológico descritivo de tipo populacional, retrospectivo, no período de 2010 a 2013. Incluiu uma população total de 40 173 atendimentos de doentes que nesse período utilizou o serviço de urgência de Otorrinolaringologia. As variáveis estudadas incluíram a idade, género, número anual de casos (total e percentual), data da crise de vertigem, distribuição sazonal por estações do ano e proporção anual de casos internados.
Resultados: Um total de 4 347 doentes (10,8%) procurou atendimento médico devido a vertigem ou alterações do equilíbrio ao longo dos quatro anos do estudo. Verificou-se um aumento anual do número de casos entre 7,6% (em 2010) a 17% (em 2013). As mulheres foram mais frequentemente afetadas (68,3%) e as crises ocorreram mais frequentemente em indivíduos entre os 60 e 79 anos de idade (40%). Os casos distribuíram-se de forma heterogénea entre as estações do ano, havendo mais episódios de vertigem no verão e no outono e com uma tendência crescente entre 2010 e 2013. O número de internamentos aumentou anualmente nesse período.
Discussão: A epidemiologia da vertigem e dos distúrbios vestibulares específicos é ainda um campo a estudar, pois pode ter utilidade para a tomada de decisões clínicas e para o planeamento dos cuidados de saúde.
Conclusão: O estudo revelou que os casos de vertigem na urgência aumentaram anualmente e são mais frequentes no sexo feminino, na população idosa e no verão e outono.

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Biografia Autor

Luis Roque Reis, Serviço de Otorrinolaringologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Departamento de Otorrinolaringologia. Faculdade de Ciências Médicas. Lisboa.

Serviço de Ototrrinolaringologia do Hospital de Egas Moniz.

Polo universitário da unidade curricular de ORL da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa

Publicado

2016-05-31

Como Citar

1.
Reis LR, Lameiras R, Cavilhas P, Escada P. Epidemiologia da Vertigem na Urgência Hospitalar. Acta Med Port [Internet]. 31 de Maio de 2016 [citado 21 de Novembro de 2024];29(5):326-31. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6571

Edição

Secção

Original