Epidemiologia da Vertigem na Urgência Hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6571Palavras-chave:
Portugal, Serviço de Urgência Hospitalar, Vertigem/epidemiologia.Resumo
Introdução: A vertigem é um dos motivos mais frequentes na procura de atendimento médico especializado na urgência. O objetivo deste estudo foi avaliar o peso real que as alterações do equilíbrio têm na urgência de Otorrinolaringologia, as suas características epidemiológicas e uma eventual sazonalidade por estações do ano. Usou-se uma amostra de doentes que utilizou o serviço de urgência desta especialidade de um hospital central universitário de Lisboa durante um período de quatro anos.
Material e Métodos: O projeto foi concebido como um estudo epidemiológico descritivo de tipo populacional, retrospectivo, no período de 2010 a 2013. Incluiu uma população total de 40 173 atendimentos de doentes que nesse período utilizou o serviço de urgência de Otorrinolaringologia. As variáveis estudadas incluíram a idade, género, número anual de casos (total e percentual), data da crise de vertigem, distribuição sazonal por estações do ano e proporção anual de casos internados.
Resultados: Um total de 4 347 doentes (10,8%) procurou atendimento médico devido a vertigem ou alterações do equilíbrio ao longo dos quatro anos do estudo. Verificou-se um aumento anual do número de casos entre 7,6% (em 2010) a 17% (em 2013). As mulheres foram mais frequentemente afetadas (68,3%) e as crises ocorreram mais frequentemente em indivíduos entre os 60 e 79 anos de idade (40%). Os casos distribuíram-se de forma heterogénea entre as estações do ano, havendo mais episódios de vertigem no verão e no outono e com uma tendência crescente entre 2010 e 2013. O número de internamentos aumentou anualmente nesse período.
Discussão: A epidemiologia da vertigem e dos distúrbios vestibulares específicos é ainda um campo a estudar, pois pode ter utilidade para a tomada de decisões clínicas e para o planeamento dos cuidados de saúde.
Conclusão: O estudo revelou que os casos de vertigem na urgência aumentaram anualmente e são mais frequentes no sexo feminino, na população idosa e no verão e outono.
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