Vinte Anos de Transplante Autólogo de Progenitores Hematopoiéticos e Linfoma Não Hodgkin Difuso de Grandes Células B: A Experiência de um Único Centro Português
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6617Palavras-chave:
Linfoma Difuso de Grandes Células B, Transplante Autólogo, Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas.Resumo
Introdução: O linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B pode ser curado em 60% - 70% dos doentes. O transplante autológo de progenitores hematopoiéticos é o tratamento de intenção curativa standard à recidiva. Este tratamento intensivo após primeira remissão num grupo selecionado de doentes de alto risco é controverso e fez parte da estratégia do nosso Serviço durante alguns anos.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo, consulta do processo clínico.
Resultados: Este estudo analisa o outcome de 113 doentes transplantados entre 1992 e 2012. Formaram-se quatro grupos com base no status pré-transplante: a) primeira remissão completa após 1 ciclo de quimioterapia (n = 64); b) segunda remissão completa após ≥ duas linhas de quimioterapia (n = 15); c) segunda remissão completa (n = 15); d) doença mais avançada (n = 19). O protocolo de quimioterapia de primeira linha mais utilizado foi R-CHOP (n = 71) e CHOP (n = 28). O seguimento mediano foi de 34 meses (1 - 221). Aos cinco anos a sobrevivência global foi de 73% (± 5) e a sobrevivência livre de progressão 75% (± 5).
Conclusão: A imunoquimioterapia convencional seguida de transplante autólogo é uma opção segura e eficaz no tratamento de casos selecionados de linfoma difuso de grandes células B. Na nossa casuística cerca de 70% dos doentes de alto risco atingiram remissões duráveis com esta estratégia terapêutica.
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