Análise da Revisão Cochrane: Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina Versus Antagonistas do Receptor da Angiotensina como Prevenção Cardiovascular na Hipertensão Essencial. Cochrane Database Syst Rev. 2014,8: CD009096.

Autores

  • Luís Nogueira-Silva Serviço de Medicina Interna. Centro Hospitalar S. João., E.P.E. Porto. Portugal. Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • João A. Fonseca Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Unidade de Imunoalergologia. Hospital e Instituto CUF Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6662

Palavras-chave:

Antagonistas dos Receptores da Angiotensina, Hipertensão, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina, Revisão Sistemática.

Resumo

Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina e os antagonistas do receptor da angiotensina são fármacos de primeira linha no tratamento da hipertensão arterial. O objectivo desta revisão foi avaliar se existem diferenças entre estas classes farmacológicas na prevenção de mortalidade total, ocorrência de eventos cardiovasculares e ocorrência de efeitos adversos. Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise, pesquisando estudos que comparassem directamente inibidores da enzima de conversão da angiotensina e antagonistas do receptor da angiotensina em diversas bases de dados até Julho de 2014. A selecção dos estudos e extracção de dados foram realizadas por dois investigadores de forma independente. Foram incluídos nove estudos, com um total de 10 963 participantes, dos quais 9 398 provêm do mesmo estudo, que incluiu apenas participantes com alto risco cardiovascular. Não se verificaram
diferenças quanto a mortalidade total, quanto a mortalidade de causa cardiovascular, nem quanto a eventos cardiovasculares
totais. Verificou-se um risco ligeiramente menor para os antagonistas do receptor da angiotensina quanto à exclusão de participantes por efeitos adversos (necessário tratar 55 pessoas com antagonistas do receptor da angiotensina durante 4,1 anos para evitar uma exclusão por efeito adverso), principalmente devido à ocorrência de tosse seca com os inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
Assim, não se encontraram diferenças entre inibidores da enzima de conversão da angiotensina e antagonistas do receptor da angiotensina na prevenção de mortalidade total e eventos cardiovasculares, tendo os antagonistas do receptor da angiotensina apresentado melhor tolerabilidade. Dada a grande proporção de participantes com alto risco cardiovascular, a generalização destes resultados a outras populações é limitada.

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Biografias Autor

Luís Nogueira-Silva, Serviço de Medicina Interna. Centro Hospitalar S. João., E.P.E. Porto. Portugal. Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Serviço de Medicina Interna. Centro Hospitalar S. João. Porto. Portugal

CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Porto. Portugal

 

João A. Fonseca, Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Unidade de Imunoalergologia. Hospital e Instituto CUF Porto. Porto. Portugal.

2 CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Sistemas de Informação em Saúde. Faculdade de Medicina da UNiversidade do Porto. Porto. Portugal.

3 Hospital & Instituto CUF Porto, Unidade de Alergologia

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Publicado

2015-06-01

Como Citar

1.
Nogueira-Silva L, Fonseca JA. Análise da Revisão Cochrane: Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina Versus Antagonistas do Receptor da Angiotensina como Prevenção Cardiovascular na Hipertensão Essencial. Cochrane Database Syst Rev. 2014,8: CD009096. Acta Med Port [Internet]. 1 de Junho de 2015 [citado 17 de Agosto de 2024];28(3):283-5. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6662

Edição

Secção

Cochrane Corner