Controlo da Hipertensão Arterial nos Cuidados de Saúde Primários: Uma Comparação entre Nativos Portugueses e Imigrantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

Autores

  • Elisa Lopes Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Violeta Alarcão Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Rui Simões Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Milene Fernandes Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Eurotrials, Consultores Científicos. Lisboa.
  • Verónica Gómez Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Departamento de Genética Humana. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa.
  • Diana Souto Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Paulo Nogueira Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Direcção de Serviços de Informação e Análise. Direcção Geral da Saúde. Lisboa.
  • Paulo J. Nicola Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Evangelista Rocha Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6714

Palavras-chave:

Cuidados de Saúde Primários, Factores Socioeconómicos, Grupos Étnicos, Hipertensão/prevenção e controlo, Portugal.

Resumo

Introdução: Em Portugal, a percentagem de hipertensos tratados e controlados é relativamente baixa. Desconhece-se a relação dos determinantes socioeconómicos com o controlo tensional, particularmente nos imigrantes africanos.
Objetivo: Comparar a frequência de controlo nos hipertensos tratados e identificar características associadas à hipertensão tratada não controlada, entre nativos portugueses (caucasianos) e imigrantes dos PALOP (negros).
Material e Métodos: Estudo transversal de hipertensos tratados, com 40-80 anos, aleatorizados dos Cuidados de Saúde Primários da região de Lisboa. Recolheram-se dados sociodemográficos, clínicos e cuidados de saúde por entrevistas estruturadas. Comparou-se a frequência de hipertensos não controlados nos dois grupos, identificando-se fatores relacionados por análise univariada e multi-variada.
Resultados: Participaram 786 hipertensos tratados (taxa de participação: 71%): 449 nativos e 337 imigrantes. Destes, 46% tinham a hipertensão controlada. A pressão arterial diastólica foi mais elevada nos imigrantes mais novos. Nos nativos, o não controlo associou--se a: sexo masculino, menor grau de escolaridade, ida aos serviços de urgência e/ou enfermagem e não ida ao médico de família; nos imigrantes, ser solteiro, recorrer ao farmacêutico, número de anos de doença e não adesão intencional à terapêutica.
Discussão: O controlo da hipertensão tratada tem vindo a aumentar nos últimos anos. Nativos e imigrantes diferenciam-se no controlo tensional relativamente à frequência do recurso a consulta do médico de família, e de outros serviços e profissionais de saúde. Estas diferenças não se refletiram em taxas de controlo estatisticamente significativas.
Conclusões: Será necessário definir estratégias para o controlo da hipertensão nos cuidados de saúde primários diferenciadas para os grupos étnicos.

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Biografias Autor

Elisa Lopes, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Psicóloga e investigadora em epidemiologia

Violeta Alarcão, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Socióloga

Rui Simões, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Bioestatista

Milene Fernandes, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Eurotrials, Consultores Científicos. Lisboa.

Farmacêutica

Verónica Gómez, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Departamento de Genética Humana. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa.

Gerontóloga

Diana Souto, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Farmacêutica

Paulo Nogueira, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Direcção de Serviços de Informação e Análise. Direcção Geral da Saúde. Lisboa.

Estatista, especialista em saúde pública

Paulo J. Nicola, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Médico clínica geral e familiar

Evangelista Rocha, Unidade de Epidemiologia. Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

Médico cardiologista

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Publicado

2016-03-31

Como Citar

1.
Lopes E, Alarcão V, Simões R, Fernandes M, Gómez V, Souto D, Nogueira P, Nicola PJ, Rocha E. Controlo da Hipertensão Arterial nos Cuidados de Saúde Primários: Uma Comparação entre Nativos Portugueses e Imigrantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Acta Med Port [Internet]. 31 de Março de 2016 [citado 23 de Novembro de 2024];29(3):193-204. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6714

Edição

Secção

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