Estudo sobre as Condições Pedagógicas das Escolas Médicas Portuguesas: Uma Análise Nacional Sobre a Satisfação Estudantil, Rácios Estudante-Tutor e Número de Admissões
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6795Palavras-chave:
Alunos de Medicina, Educação Médica, Escolas Médicas, Portugal, Programas de Autoavaliação.Resumo
Introdução: Os ambientes de ensino clínico e não clínico, bem como as condições de avaliação e estudo, influenciam a satisfação estudantil com as Escolas Médicas. Os rácios estudante-tutor podem ter impacto na perceção sobre o ensino em meio clínico. Este estudo tem como objetivo analisar a satisfação dos estudantes de Medicina e os rácios estudante-tutor em relação com o número de admissões das Escolas Médicas.
Materiais e Métodos: Foi criado um questionário sobre os ambientes de aprendizagem, avaliação e estudo em oito Escolas Médicas, distribuído a 2037 estudantes. Calculou-se o alfa de Cronbach (consistência interna) e executou-se uma análise de componentes principais.
Resultados: Condições de avaliação obtiveram os melhores resultados de satisfação, enquanto o ensino em meio clínico revelou as menores pontuações. O rácio estudante-tutor nacional em disciplinas clínicas (7,53) traduz diferenças significativas entre Escolas. Instituições com maior número de admissões evidenciam resultados inferiores de satisfação estudantil (r= -0,756; p < 0,05), com redução progressiva ao longo do curso. Elevados rácios estão correlacionados com baixa satisfação com o ensino em meio clínico (r= -0,826; p < 0,05).
Discussão: O ensino em meio clínico evidencia menor satisfação estudantil, traduzindo os elevados rácios em disciplinas clínicas. Dependendo do número de admissões, existem diferenças significativas entre Escolas. A qualidade das estratégias de ensino-aprendizagem e articulação hospitalar podem igualmente ser variáveis importantes.
Conclusão: As Escolas com maior número de admissões podem ser mais suscetíveis a baixos resultados de satisfação estudantil. Elevados rácios estudante-tutor em disciplinas clínicas podem reduzir a qualidade do ensino em meio clínico e inibir a aquisição de competências.
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