Prevalência da Cárie Dentária de Doentes Diabéticos Tipo 1 Tratados com Bomba Infusora de Insulina

Autores

  • Rosana Garcia Área de Medicina Dentária. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Ana Coelho Área de Medicina Dentária. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Programa de Doutoramento em Medicina Dentária. Faculdade de Medicina Dentária. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Anabela Paula Área de Medicina Dentária. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Manuel Marques Ferreira Área de Medicina Dentária. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Francisco Caramelo Serviço de Bioestatística e Informática Médica. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Luísa Barros Serviço de Endocrinologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Carla Batista Serviço de Endocrinologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Miguel Melo Serviço de Endocrinologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Mário Jorge Silva Departamento de Dentisteria Operatória. Faculdade de Medicina Dentária. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Eunice Carrilho Área de Medicina Dentária. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6796

Palavras-chave:

Cárie Dentária, Diabetes Mellitus Tipo 1, Insulina, Prevalência, Saúde Oral, Sistemas de Infusão de Insulina.

Resumo

Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 e a saúde oral relacionam-se de forma estrita e recíproca, reconhecendo-se nos pacientes diabéticos uma maior suscetibilidade a uma grande variedade de patologias orais. O objetivo do presente estudo consistiu em investigar a relação entre a prevalência da cárie dentária em indivíduos diabéticos tipo 1 tratados com bomba infusora de insulina e a de indivíduos não diabéticos.
Material e Métodos: Realizou-se um estudo clínico observacional, analítico e transversal. Incluíram-se no grupo de estudo 30 indivíduos adultos com diabetes mellitus tipo 1 tratados com bomba infusora de insulina (selecionados do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra) e no grupo de controlo 30 doentes não diabéticos (selecionados por entre os acompanhantes dos primeiros). Os elementos de ambos os grupos foram observados entre janeiro e maio de 2015, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, por um médico dentista. A avaliação clínica foi acompanhada do preenchimento de um formulário clínico adaptado aos objetivos
da investigação. Para análise estatística assumiu-se um nível de significância de 5%.
Resultados: O grupo de estudo apresentou valores semelhantes de índice de cárie dentária e de placa bacteriana aos registados no grupo de controlo. Não se registaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos no que diz respeito a hábitos de higiene oral e à frequência de visitas ao médico dentista.
Discussão: Embora a dieta dos doentes diabéticos seja menos abundante em hidratos de carbono, prevendo uma menor exposição a alimentos cariogénicos, o elevado número de refeições ingeridas de forma fracionada pode aumentar o risco de cárie, uma vez que o valor de pH crítico para desmineralização é atingido mais vezes ao longo do dia. No entanto, a existência de uma patologia crónica pode determinar um elevado nível de cuidados preventivos gerais, inclusivamente resultando numa melhoria global do seu nível de saúde oral, o que poderá justificar os resultados obtidos.
Conclusão: A presença de diabetes mellitus tipo 1 em doentes tratados com bomba de insulina não está associada a um aumento da prevalência de lesões de cárie dentária.

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Publicado

2016-08-31

Como Citar

1.
Garcia R, Coelho A, Paula A, Ferreira MM, Caramelo F, Barros L, Batista C, Melo M, Silva MJ, Carrilho E. Prevalência da Cárie Dentária de Doentes Diabéticos Tipo 1 Tratados com Bomba Infusora de Insulina. Acta Med Port [Internet]. 31 de Agosto de 2016 [citado 30 de Junho de 2024];29(7-8):461-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6796

Edição

Secção

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