Mini-Mental State Examination: Avaliação dos Novos Dados Normativos no Rastreio e Diagnóstico do Défice Cognitivo

Autores

  • Isabel Santana Centro de Neurociências e Biologia Celular. Universidade de Coimbra. Coimbra. Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Consulta de Demência, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Diana Duro Faculdade de Medicina. Universidade de Coimbra. Coimbra. Consulta de Demência, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Raquel Lemos Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Vanessa Costa Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Miguel Pereira Consulta de Demência, Serviço de Neurologia. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra.
  • Mário R. Simões Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo Comportamental. Universidade de Coimbra. Coimbra. Laboratório de Avaliação Psicológica. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra.
  • Sandra Freitas Centro de Neurociências e Biologia Celular. Universidade de Coimbra. Coimbra. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo Comportamental. Universidade de Coimbra. Coimbra. Laboratório de Avaliação Psicológica. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6889

Palavras-chave:

Cognição, Défice Cognitivo Ligeiro, Demência, Doença de Alzheimer, Testes Neuropsicólogicos.

Resumo

Introdução: O Mini-Mental State Examination é o teste de rastreio de défice cognitivo/demência mais difundido. No nosso país têm-se utilizado pontuações de corte definidas por grupos de literacia, mas existem novas propostas sustentadas por estudos mais representativos. Propomo-nos confirmar a influência da idade e da escolaridade no desempenho, avaliar a capacidade discriminativa dos novos dados normativos e testar a acuidade diagnóstica das pontuações de corte validadas para o défice cognitivo ligeiro e para as formas mais prevalentes de demência.
Material e Métodos: O estudo incluiu 1 441 participantes escolarizados, divididos em sete subgrupos: Défice cognitivo ligeiro, doença de Alzheimer, demência fronto-temporal, demência vascular, demência com corpos de Lewy, controlo-comunidade e controlo-clínica- memória.
Resultados: Em conjunto, idade e escolaridade explicam 10,4% da variância dos resultados no Mini-Mental State Examination, com ambas contribuindo significativamente para a predição dos resultados. A acuidade diagnóstica com base nos dados normativos mais recentes foi sempre superior à conseguida com as pontuações de corte de validação, revelando uma especificidade excelente (superior a 90%) e uma sensibilidade também excelente para a doença de Alzheimer ligeira (91%), boa para demência com corpos de Lewy (78%), baixa para o défice cognitivo ligeiro (65%) e demência fronto-temporal e demência vascular (55%).
Discussão e Conclusões: O desempenho no Mini-Mental State Examination é influenciado pela idade e pela escolaridade, apoiando a utilização de dados normativos que considerem estas variáveis. Com esta abordagem, o Mini-Mental State Examination poderá ser um instrumento sensível e específico para o rastreio da doença de Alzheimer em todos os níveis de cuidados de saúde, mas a acuidade de diagnóstico é limitada noutras situações frequentes em consultas especializadas, como o défice cognitivo ligeiro ou outras formas de demência.

 

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Publicado

2016-04-29

Como Citar

1.
Santana I, Duro D, Lemos R, Costa V, Pereira M, Simões MR, Freitas S. Mini-Mental State Examination: Avaliação dos Novos Dados Normativos no Rastreio e Diagnóstico do Défice Cognitivo. Acta Med Port [Internet]. 29 de Abril de 2016 [citado 21 de Novembro de 2024];29(4):240-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6889

Edição

Secção

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