Mini-Mental State Examination: Avaliação dos Novos Dados Normativos no Rastreio e Diagnóstico do Défice Cognitivo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6889Palavras-chave:
Cognição, Défice Cognitivo Ligeiro, Demência, Doença de Alzheimer, Testes Neuropsicólogicos.Resumo
Introdução: O Mini-Mental State Examination é o teste de rastreio de défice cognitivo/demência mais difundido. No nosso país têm-se utilizado pontuações de corte definidas por grupos de literacia, mas existem novas propostas sustentadas por estudos mais representativos. Propomo-nos confirmar a influência da idade e da escolaridade no desempenho, avaliar a capacidade discriminativa dos novos dados normativos e testar a acuidade diagnóstica das pontuações de corte validadas para o défice cognitivo ligeiro e para as formas mais prevalentes de demência.
Material e Métodos: O estudo incluiu 1 441 participantes escolarizados, divididos em sete subgrupos: Défice cognitivo ligeiro, doença de Alzheimer, demência fronto-temporal, demência vascular, demência com corpos de Lewy, controlo-comunidade e controlo-clínica- memória.
Resultados: Em conjunto, idade e escolaridade explicam 10,4% da variância dos resultados no Mini-Mental State Examination, com ambas contribuindo significativamente para a predição dos resultados. A acuidade diagnóstica com base nos dados normativos mais recentes foi sempre superior à conseguida com as pontuações de corte de validação, revelando uma especificidade excelente (superior a 90%) e uma sensibilidade também excelente para a doença de Alzheimer ligeira (91%), boa para demência com corpos de Lewy (78%), baixa para o défice cognitivo ligeiro (65%) e demência fronto-temporal e demência vascular (55%).
Discussão e Conclusões: O desempenho no Mini-Mental State Examination é influenciado pela idade e pela escolaridade, apoiando a utilização de dados normativos que considerem estas variáveis. Com esta abordagem, o Mini-Mental State Examination poderá ser um instrumento sensível e específico para o rastreio da doença de Alzheimer em todos os níveis de cuidados de saúde, mas a acuidade de diagnóstico é limitada noutras situações frequentes em consultas especializadas, como o défice cognitivo ligeiro ou outras formas de demência.
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