Causas de Morte numa Unidade de Internamento de Agudos de Psiquiatria de um Hospital Geral Português
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6905Palavras-chave:
Causas de Morte, Mortalidade Hospitalar, Perturbações Mentais/mortalidade, Portugal, Serviço Hospitalar de Psiquiatria.Resumo
Introdução: Os doentes afectos de patologia psiquiátrica apresentam maior risco de morte, tanto por causas naturais como não naturais. Este estudo avalia as causas de morte de todos os doentes de uma unidade de internamento de agudos de Psiquiatria num hospital geral em Portugal, ao longo de dezasseis anos (de 1998 a 2013).Material e Métodos: Vinte e um doentes morreram na unidade de internamento de doentes agudos entre 1998 e 2013 (média 1,3 por ano). As características demográficas, os diagnósticos médicos e psiquiátricos foram recolhidos através de um estudo retrospectivo que consistiu na análise dos processos clínicos da amostra selecionada. Os doentes transferidos para outras enfermarias durante o internamento não foram incluídos no estudo.
Resultados: As doenças do sistema circulatório foram as causas de morte mais prevalentes, ocorrendo em 2/3 dos doentes, incluindo embolismo pulmonar (n = 6), acidente vascular cerebral (n = 3), arritmia cardíaca (n = 2), enfarte agudo do miocárdio (n = 1), rutura de aneurisma da aorta abdominal (n = 1) e insuficiência cardíaca (n = 1). Dois doentes morreram de pneumonia e em quatro casos a causa de morte foi indeterminada. Apenas um caso de suicídio foi registado.
Discussão: As doenças do aparelho circulatório foram as causas de morte mais frequentes nesta unidade de agudos. O suicídio em doentes internados, apesar de constituir um evento raro, é uma realidade que comporta consequências complexas para os profissionais de saúde, familiares e restantes doentes, devendo permanecer como foco de prevenção continuada.
Conclusão: Os estudos de mortalidade são importantes para determinar a qualidade dos cuidados de saúde e criar recomendações para medidas preventivas.
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