Vírus Zika: Revisão para Clínicos

Autores

  • Vitor Laerte Pinto Junior Departamento de Epidemiologia e Vigilância em Saúde. Fiocruz Brasília. Brasília. Brasil. Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Kleber Luz Departamento de Doenças Infecciosas. Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal. Brasil.
  • Ricardo Parreira Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Paulo Ferrinho Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6929

Palavras-chave:

Aedes, Arbovirus, Flavivírus, Infecções por Flaviviridae.

Resumo

O vírus Zika é um flavivírus filogeneticamente relacionado com o vírus dengue, vírus da febre-amarela e vírus do Nilo Ocidental. É considerado uma arbovirose emergente transmitida por mosquitos do género Aedes. A sua descoberta deu-se em 1947 na floresta Zika no Uganda, isolado em macaco Rhesus que servia de isco para estudo do vírus da febre-amarela. Foram detetados casos isolados em países de África e no final da década de 70 na Indonésia. A partir 2007 foram descritas epidemias na Micronésia e outras ilhas do Oceano Pacífico e, mais recentemente, no Brasil. Carateriza-se clinicamente como uma síndrome febril aguda ‘tipo-dengue’ com aparecimento precoce de exantema evanescente muitas vezes pruriginoso; ocasionalmente a doença tem sido associada à síndrome de Guillain-Barré. No entanto, até ao momento não foram relatadas mortes pela doença e suas complicações. O diagnóstico pode ser realizado por meio de técnica de reação em cadeia da polimerase ou por pesquisa de anticorpos IgG e IgM. A rápida disseminação do vírus e seu potencial epidémico são preocupantes especialmente em territórios com circulação de outras arboviroses pela dificuldade
no diagnóstico diferencial e na sobrecarga dos serviços de saúde. As medidas de controlo são as mesmas recomendadas para a dengue e chikungunya, baseadas em educação em saúde e controlo do vetor.

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Publicado

2015-12-03

Como Citar

1.
Pinto Junior VL, Luz K, Parreira R, Ferrinho P. Vírus Zika: Revisão para Clínicos. Acta Med Port [Internet]. 3 de Dezembro de 2015 [citado 30 de Junho de 2024];28(6):760-5. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6929