Neuropatia Auditiva: Avaliação Clínica e Abordagem Diagnóstica
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6942Palavras-chave:
Células Ciliadas Auditivas, Células Ciliadas Auditivas Externas, Células Ciliadas Auditivas Internas, Potenciais Evocados Auditivos do Tronco Encefálico, Neuropatia Auditiva.Resumo
Introdução: A neuropatia auditiva é uma condição na qual há alteração na condução neuronal do estímulo sonoro. Este trabalho pretende descrever e caracterizar a casuística de doentes com neuropatia auditiva.
Material e Métodos: Realizámos um estudo transversal, retrospetivo, com descrição de uma série de casos consecutivos. O diagnóstico da neuropatia auditiva foi definido nas seguintes situações: Presença de otoemissões acústicas com potenciais auditivos de tronco encefálico ausente ou anormal e presença do microfonismo coclear independentemente da presença de otoemissões acústicas.
Resultados: Foram avaliados 34 doentes com perda auditiva bilateral, 67% deles do sexo masculino. O aparecimento dos sintomas foi congênito em 80% dos casos. Na pesquisa das otoemissões acústicas, a resposta foi ausente em 67% dos doentes. O microfonismo coclear foi detetado em 79% dos doentes. Antecedentes gestacionais, perinatais ou ambientais relevantes estiveram presentes em 35,3% dos casos.
Discussão: A literatura médica ainda apresenta grande variabilidade nos achados relacionados com a neuropatia auditiva, tanto na sua etiologia quanto nos dados epidemiológicos.
Conclusão: A neuropatia auditiva apresenta um amplo espectro de alterações que podem resultar em disfunções leves a severas no funcionamento da via auditiva. Na nossa amostra, observámos que 80% das neuropatias auditivas terão tido origem congênita e/ou apresenta microfonismo coclear, 91% dos doentes apresenta défice auditivo significativo e 53% sofrem de surdez severa ou profunda.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons