Neuropatia Auditiva: Avaliação Clínica e Abordagem Diagnóstica

Autores

  • Guilherme Machado Carvalho Departamento de Cirurgia do Ouvido, Nariz, Garganta e Cabeça & Pescoço. Universidade de Campinas. São Paulo.
  • Beatriz Prista Leão Departamento de Medicina. Universidade do Minho. Braga.
  • Priscila Zonzini Ramos Departamento de Cirurgia do Ouvido, Nariz, Garganta e Cabeça & Pescoço. Universidade de Campinas. São Paulo.
  • Alexandre Caixeta Guimarães Departamento de Cirurgia do Ouvido, Nariz, Garganta e Cabeça & Pescoço. Universidade de Campinas. São Paulo.
  • Arthur Menino Castilho Departamento de Cirurgia do Ouvido, Nariz, Garganta e Cabeça & Pescoço. Universidade de Campinas. São Paulo.
  • Edi Lúcia Sartorato Laboratório de Genética Molecular. Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética. Universidade de Campinas. São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.6942

Palavras-chave:

Células Ciliadas Auditivas, Células Ciliadas Auditivas Externas, Células Ciliadas Auditivas Internas, Potenciais Evocados Auditivos do Tronco Encefálico, Neuropatia Auditiva.

Resumo

Introdução: A neuropatia auditiva é uma condição na qual há alteração na condução neuronal do estímulo sonoro. Este trabalho pretende descrever e caracterizar a casuística de doentes com neuropatia auditiva.
Material e Métodos: Realizámos um estudo transversal, retrospetivo, com descrição de uma série de casos consecutivos. O diagnóstico da neuropatia auditiva foi definido nas seguintes situações: Presença de otoemissões acústicas com potenciais auditivos de tronco encefálico ausente ou anormal e presença do microfonismo coclear independentemente da presença de otoemissões acústicas.
Resultados: Foram avaliados 34 doentes com perda auditiva bilateral, 67% deles do sexo masculino. O aparecimento dos sintomas foi congênito em 80% dos casos. Na pesquisa das otoemissões acústicas, a resposta foi ausente em 67% dos doentes. O microfonismo coclear foi detetado em 79% dos doentes. Antecedentes gestacionais, perinatais ou ambientais relevantes estiveram presentes em 35,3% dos casos.
Discussão: A literatura médica ainda apresenta grande variabilidade nos achados relacionados com a neuropatia auditiva, tanto na sua etiologia quanto nos dados epidemiológicos.
Conclusão: A neuropatia auditiva apresenta um amplo espectro de alterações que podem resultar em disfunções leves a severas no funcionamento da via auditiva. Na nossa amostra, observámos que 80% das neuropatias auditivas terão tido origem congênita e/ou apresenta microfonismo coclear, 91% dos doentes apresenta défice auditivo significativo e 53% sofrem de surdez severa ou profunda.

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Biografia Autor

Guilherme Machado Carvalho, Departamento de Cirurgia do Ouvido, Nariz, Garganta e Cabeça & Pescoço. Universidade de Campinas. São Paulo.

Otorrinolaringologia, UNICAMP

CBMEG, UNICAMP

Publicado

2016-06-30

Como Citar

1.
Carvalho GM, Leão BP, Ramos PZ, Guimarães AC, Castilho AM, Sartorato EL. Neuropatia Auditiva: Avaliação Clínica e Abordagem Diagnóstica. Acta Med Port [Internet]. 30 de Junho de 2016 [citado 22 de Novembro de 2024];29(6):353-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/6942

Edição

Secção

Original AMP Student