Estudo dos Fatores Sociodemográficos Associados à Aquisição de Infeções Sexualmente Transmissíveis em Estudantes Estrangeiros em Intercâmbio Universitário em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.6992Palavras-chave:
Assunção de Riscos, Chlamydia trachomatis, Comportamento Sexual, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Estudantes, Factores Socioeconómicos, Inquéritos e Questionários, Intercâmbio Educacional Internacional, Portugal.Resumo
Introdução: As infeções sexualmente transmissíveis são um problema de saúde pública, sendo mais frequentes em jovens. Este estudo teve como principal objetivo avaliar os fatores sociodemográficos e comportamentos associados à aquisição de infeções sexualmente transmissíveis e o conhecimento sobre infeção por Chlamydia trachomatis em estudantes estrangeiros em intercâmbio universitário em Portugal.
Material e Métodos: Os fatores sociodemográficos e comportamentos de risco foram estudados por aplicação de um questionário a estudantes em intercâmbio universitário em Portugal, inscritos nos anos letivos de 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015.
Resultados: Avaliaram-se 338 questionários: 58,3% participantes do sexo feminino e 40,8% do sexo masculino (17 aos 30 anos). A idade média apontada para o início da vida sexual foi de 17,5 anos e a média de parceiros sexuais de 6,9. Relativamente às questões inquiridas foi referido: 9,5% negaram atividade sexual oral; 29% com atividade sexual anal; 11,8% com atividade sexual com parceiros do mesmo género; 82,1% refere consumo de álcool/estupefacientes; 42,3% desconhecimento sobre a infeção por Chlamydia trachomatis e 21% sobre o risco de transmissão de infeção por via oral.
Discussão: Apesar das infeções sexualmente transmissíveis poderem afetar indivíduos de todas as idades, raças e orientações sexuais, vários fatores demográficos, sociais e comportamentais têm revelado influência nas taxas de prevalência deste tipo de infeções.
Conclusões: Nesta população os fatores de risco associados a uma maior prevalência de infeções sexualmente transmissíveis continuam a existir, nomeadamente início precoce da atividade sexual, parceiros sexuais múltiplos e ausência de medidas de proteção durante as relações sexuais.
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