Desigualdades na Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial: Um Estudo ao Nível de Freguesia da Região Norte de Portugal

Autores

  • Teresa Leao Departament of Social Sciences. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal. Health Department. Northern Region Health Administration. Porto. Portugal. Local Health Unit of Matosinhos. Matosinhos. Portugal.
  • Julian Perelman Departament of Social Sciences. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Manuela Felício Health Department. Northern Region Health Administration. Porto. Portugal.
  • Vasco Machado Health Department. Northern Region Health Administration. Porto. Portugal.
  • Graça Lima Health Department. Northern Region Health Administration. Porto. Portugal. Local Health Unit of Matosinhos. Matosinhos. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7016

Palavras-chave:

Comportamentos Saudáveis, Diabetes Mellitus Tipo 2, Disparidades em Assistência à Saúde, Factores Socioeconómicos, Hipertensão Arterial, Portugal.

Resumo

Introdução: A diabetes mellitus e a hipertensão arterial são problemas de saúde de elevada prevalência em Portugal. A sua distribuição geográfica e social é pouco conhecida, comprometendo o desenho e implementação de políticas de saúde. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a existência das desigualdades socioeconómicas na prevalência de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial, na população residente na região Norte de Portugal, no ano de 2013.
Material e Métodos: Foi realizado um estudo ecológico que analisou as 2 028 freguesias da região Norte. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde e do Censos 2011. A associação entre indicadores socioeconómicos e prevalência destas doenças foi medida pela diferença de prevalências, risco atribuível populacional, índice relativo de desigualdades e coeficiente de regressão.
Resultados: A prevalência de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial foi de 6,16% e de 19,35%, respetivamente, e variou entre freguesias. A prevalência de ambas as doenças associou-se significativamente com o baixo nível educacional, baixa atividade no sector terciário, desemprego e baixo rendimento (diferença de prevalências entre decis opostos até 1,3% e 5,3%). Os determinantes socioeconómicos foram responsáveis até 20% da prevalência na população.
Discussão: Este tipo de estudo não permitiu a análise de causalidade e poderá ter subestimado as desigualdades socioeconómicas. Contudo, os resultados obtidos alinham-se com a evidência científica internacional.
Conclusão: Estes resultados demonstram a existência de uma distribuição socioeconómica e geográfica heterogénea e a necessidade
de criação de políticas de saúde que atuem nas freguesias menos favorecidas.

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Biografia Autor

Teresa Leao, Departament of Social Sciences. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. Portugal. Health Department. Northern Region Health Administration. Porto. Portugal. Local Health Unit of Matosinhos. Matosinhos. Portugal.

Master student with supervision of Dr. Julian Perelman, from the Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa.

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Publicado

2016-10-31

Como Citar

1.
Leao T, Perelman J, Felício M, Machado V, Lima G. Desigualdades na Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial: Um Estudo ao Nível de Freguesia da Região Norte de Portugal. Acta Med Port [Internet]. 31 de Outubro de 2016 [citado 23 de Dezembro de 2024];29(10):605-12. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7016

Edição

Secção

Original