Desigualdades na Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial: Um Estudo ao Nível de Freguesia da Região Norte de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7016Palavras-chave:
Comportamentos Saudáveis, Diabetes Mellitus Tipo 2, Disparidades em Assistência à Saúde, Factores Socioeconómicos, Hipertensão Arterial, Portugal.Resumo
Introdução: A diabetes mellitus e a hipertensão arterial são problemas de saúde de elevada prevalência em Portugal. A sua distribuição geográfica e social é pouco conhecida, comprometendo o desenho e implementação de políticas de saúde. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a existência das desigualdades socioeconómicas na prevalência de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial, na população residente na região Norte de Portugal, no ano de 2013.
Material e Métodos: Foi realizado um estudo ecológico que analisou as 2 028 freguesias da região Norte. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação das Administrações Regionais de Saúde e do Censos 2011. A associação entre indicadores socioeconómicos e prevalência destas doenças foi medida pela diferença de prevalências, risco atribuível populacional, índice relativo de desigualdades e coeficiente de regressão.
Resultados: A prevalência de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial foi de 6,16% e de 19,35%, respetivamente, e variou entre freguesias. A prevalência de ambas as doenças associou-se significativamente com o baixo nível educacional, baixa atividade no sector terciário, desemprego e baixo rendimento (diferença de prevalências entre decis opostos até 1,3% e 5,3%). Os determinantes socioeconómicos foram responsáveis até 20% da prevalência na população.
Discussão: Este tipo de estudo não permitiu a análise de causalidade e poderá ter subestimado as desigualdades socioeconómicas. Contudo, os resultados obtidos alinham-se com a evidência científica internacional.
Conclusão: Estes resultados demonstram a existência de uma distribuição socioeconómica e geográfica heterogénea e a necessidade
de criação de políticas de saúde que atuem nas freguesias menos favorecidas.
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