PET/CT com Fluorocolina-F18 em Doentes com Carcinoma da Próstata em Recidiva Bioquímica
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7056Palavras-chave:
Fluorocolina, Neoplasias da Próstata, Radiofármacos, Tomografia por Emissão de Positrões.Resumo
Introdução: No carcinoma da próstata, é frequente, após terapêutica com intuito curativo, ocorrer recidiva bioquímica. O objectivo deste trabalho foi avaliar o impacto da PET/CT com fluorocolina-F18 no restadiamento e orientação destes doentes e analisar a influência, da estratificação de risco, dos valores do PSA e da terapêutica de supressão hormonal, na sensibilidade da técnica.
Material e Métodos: Análise retrospectiva de 107 doentes com carcinoma da próstata em recidiva bioquímica que realizaram PET/CT com fluorocolina-F18 no nosso hospital, entre dezembro de 2009 e maio de 2014.
Resultados: A sensibilidade global foi de 63,2% sendo 80,0% quando PSA > 2 ng/mL. Foi possível identificar doença à distância em 28% dos doentes. A sensibilidade aumentou de 40,0% em doentes de risco baixo e intermédio para 55,2% em doentes de alto risco. Sem terapêutica de supressão hormonal, a sensibilidade foi de 61,8% enquanto no grupo sob essa terapêutica, foi de 67,7%.
Discussão: A PET/CT com fluorocolina-F18 forneceu informações relevantes, mesmo em doentes com baixos valores do PSA, contudo, com incremento significativo da sensibilidade nos doentes com PSA >2 ng/mL. A sensibilidade foi superior nos doentes de alto risco comparativamente com os de risco baixo e intermédio, contudo, sem uma diferença estatisticamente significativa. A terapêutica de supressão hormonal parece não influenciar a captação de Fluorocolina-F18 nos doentes resistentes à castração.
Conclusões: Neste estudo, a PET/CT com fluorocolina-F18 apresentou bons resultados no restadiamento de doentes com carcinoma da próstata em recidiva bioquímica, distinguindo entre doença loco-regional e sistémica, informação com importantes consequências na definição da estratégia terapêutica.
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