Anastomose Biliar no Transplante Hepático: Com ou Sem Tubo em T?

Autores

  • Janine Carmelino Serviço de Cirurgia Geral. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Susana Rodrigues Serviço de Cirurgia Geral. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Hugo Pinto Marques Serviço de Cirurgia Geral. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Vasco Ribeiro Serviço de Cirurgia Geral. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Daniel Virella Gabinete de Análise Epidemiológica e Estatística. Centro de Investigação. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Marta Alves Gabinete de Análise Epidemiológica e Estatística. Centro de Investigação. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Américo Martins Serviço de Cirurgia Geral. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Eduardo Barroso Serviço de Cirurgia Geral. Hospital de Curry Cabral. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7287

Palavras-chave:

Anastomose Cirúrgica, Transplante de Fígado/métodos

Resumo

Introdução: Complicações biliares ocorrem em 10% - 30% dos transplantes hepáticos. O objetivo deste trabalho é comparar as incidências dessas complicações nos transplantes hepáticos em que foi ou não utilizado tubo em T na anastomose biliar.
Material e Métodos: Análise de dois grupos de doentes submetidos a transplante hepático entre 2008 e 2012. Consideraram-se os doentes em que o tubo em T foi utilizado (G1) e em que não o foi (G2). Procuraram-se depois modelos explicativos da ocorrência de complicações biliares por regressão logística, incluindo as variáveis identificadas na análise univariável.
Resultados: Estudaram-se 506 doentes consecutivos submetidos a um primeiro transplante hepático (G1 = 363; G2 = 143). A incidência global de complicações biliares foi 24,7% (IC 95% 21,1 - 28,6): 27,0% no G1 e 18,9% no G2 (p = 0,057). As incidências de estenose e de fístula biliar foram tendencialmente mais elevadas em G1: 19,6% (IC 95% 15,7-23,8) vs 15,4% (IC 95% 10,1 - 22,0) (p = 0,275) e 6,6% (IC 95% 4,4 - 9,5) vs 2,8% (IC 95% 0,9 - 6,6) (p = 0,091). Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas nas taxas de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, reoperação e retransplante. Verificaram-se dois óbitos no G1. Não se encontrou associação entre a ocorrência de complicações biliares e os diâmetros das vias biliares ou o tempo de isquemia fria. O modelo explicativo ajustado à idade do recetor e do dador, e ao diagnóstico de base identifica o uso do tubo em T como aumentando a possibilidade da ocorrência de complicações biliares (AdjOR 1,71; IC 95% 1,04 - 2,80; p = 0,034).
Discussão e Conclusão: A utilização do tubo em T deve ser uma decisão tomada caso a caso e baseada no julgamento intra-operatório de cirurgiões experientes.

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Publicado

2017-02-27

Como Citar

1.
Carmelino J, Rodrigues S, Marques HP, Ribeiro V, Virella D, Alves M, Martins A, Barroso E. Anastomose Biliar no Transplante Hepático: Com ou Sem Tubo em T?. Acta Med Port [Internet]. 27 de Fevereiro de 2017 [citado 22 de Novembro de 2024];30(2):122-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7287

Edição

Secção

Original