Diferenças na Perceção dos Estudantes Sobre o Ensino da Neuroanatomia num Currículo Médico Organizado por Disciplinas e num Currículo Médico Integrado
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7307Palavras-chave:
Avaliação Educacional, Currículo, Educação Médica Pré-Graduada, Estudantes de Medicina, Neuroanatomia/ensino, PortugalResumo
Introdução: No contexto da reforma curricular, a maioria das escolas médicas europeias estão a transitar de uma abordagem educacional consistindo em cursos ‘baseados em disciplinas’ para um currículo integrado. O objetivo deste estudo foi comparar, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal, o ensino de neuroanatomia num currículo médico organizado por disciplinas e num currículo médico integrado.
Material e Métodos: Duzentos e sessenta e um estudantes que completaram a Unidade Curricular com uma abordagem ‘baseada em disciplinas’ (Neuroanatomia) e 202 estudantes que completaram a unidade curricular com uma abordagem integrada (Morfofisiologia do Sistema Nervoso) preencheram um questionário sobre as suas percepções acerca da Unidade Curricular.
Resultados: O nosso estudo mostrou que os estudantes da unidade curricular com uma abordagem ‘baseada em disciplinas’ tiveram classificações mais elevadas e avaliaram melhor a unidade curricular que os estudantes da unidade curricular com uma abordagem integrada. No entanto, também revelou que as classificações dos estudantes tiveram um efeito significativo na avaliação da unidade curricular, tendo constatado que os estudantes com classificações mais elevadas avaliaram melhor que os estudantes com classificações mais baixas. De referir ainda que a maioria dos estudantes da unidade curricular com uma abordagem integrada apreciou este modelo de ensino e destacou como um ponto positivo a integração bem-sucedida dos conteúdos abordados nos três componentes da unidade curricular.
Discussão: A reforma curricular conduziu à integração da neuroanatomia com outras disciplinas, associada a uma redução das horas de ensino, a uma redefinição do conteúdo programático e dos objetivos de aprendizagem dos alunos, introdução de novos métodos educacionais e mudança no sistema de avaliação.
Conclusão: O nosso estudo não provou conclusivamente a supremacia de uma abordagem de ensino de neuroanatomia em detrimento de outra. Futuras iniciativas para explorar diferentes modelos pedagógicos em educação médica são necessárias e devem ser de grande preocupação para a comunidade académica.
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