Baixa Adesão à Dieta Mediterrânica em Portugal: Nutrição das Grávidas em Portugal e suas Repercussões

Autores

  • Luis Pereira-da-Silva Woman, Children and Adolescent’s Medicine Teaching and Research Area. NOVA Medical School. Universidade NOVA de Lisboa. Lisbon. Portugal. Neonatal Intensive Care Unit. Hospital Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.
  • Elisabete Pinto Centro de Biotecnologia e Química Fina. Laboratório Associado. Escola Superior de Biotecnologia. Universidade Católica Portuguesa. Porto. Portugal. Institute of Public Health. University of Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7344

Palavras-chave:

Cooperação do Doente, Dieta Mediterrânica, Gestantes, Gravidez, Portugal.

Resumo

Introdução: Tem havido baixa adesão ao padrão da dieta mediterrânica na população portuguesa. Nesta perspectiva, procedemos à revisão crítica do estado de nutrição das mulheres em idade fértil, grávidas e recém-nascidos, em Portugal.
Material e Métodos: Realizámos uma revisão narrativa crítica de estudos recentes com qualidade e inquéritos nacionais oficiais, que tivessem avaliado a dieta e estado de nutrição de mulheres em idade fértil e de grávidas portuguesas e sua influência no estado de nutrição dos respetivos fetos e recém-nascidos.
Resultados: Foram selecionados e analisados cinco estudos ecológicos multinacionais que incluíram Portugal, dois inquéritos oficiais nacionais sobre disponibilidade de alimentos, sete estudos nacionais sobre dieta e estado de nutrição de mulheres em idade fértil e grávidas e cinco estudos nacionais sobre a influência de fatores nutricionais maternos no crescimento dos fetos. A prevalência de excesso de peso/obesidade em mulheres em idade fértil e grávidas aumentou substancialmente associada à diminuição da adesão à dieta mediterrânica. As variações no consumo de energia e macronutrientes na gravidez parecem não ter impacto significativo no estado de nutrição dos fetos. Pelo contrário, o excesso de peso/obesidade pré-concecional associa-se a aumento de adiposidade ao nascer e o excessivo aumento de peso na gravidez associa-se ao excesso ponderal na infância. Os fatores potencialmente relacionados com a baixa adesão à dieta mediterrânica, merecendo futura investigação, incluem políticas agrícolas da União Europeia que promoveram a produção de grupos alimentares não tipicamente mediterrânicos a baixo preço e a pouca capacidade financeira referida
pela população portuguesa para aquisição de alimentos de qualidade.
Conclusão: A recuperação dos hábitos dietéticos mediterrânicos tradicionais deve ser incluída em estratégias de prevenção e tratamento
do excesso de peso/obesidade em Portugal, especialmente em mulheres em idade fértil.

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Biografia Autor

Luis Pereira-da-Silva, Woman, Children and Adolescent’s Medicine Teaching and Research Area. NOVA Medical School. Universidade NOVA de Lisboa. Lisbon. Portugal. Neonatal Intensive Care Unit. Hospital Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisbon. Portugal.

  • Consultor de Pediatria e Neonatologista, Unidade de Neonatologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
  • Professor Auxiliar, Departamento de Pediatria, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa
  • Professor Adjunto, Licenciatura de Dietética e Nutrição, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
  • Coordenador do Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

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Publicado

2016-10-31

Como Citar

1.
Pereira-da-Silva L, Pinto E. Baixa Adesão à Dieta Mediterrânica em Portugal: Nutrição das Grávidas em Portugal e suas Repercussões. Acta Med Port [Internet]. 31 de Outubro de 2016 [citado 4 de Dezembro de 2024];29(10):658-66. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7344

Edição

Secção

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