Pancreatite Aguda e Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível: Relato de um Caso
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.7368Palavras-chave:
Alcoolismo/complicações, Edema Cerebral, Pancreatite Alcoólica, Síndrome de Enfalopatia Posterior Reversível.Resumo
A síndrome de enfalopatia posterior reversível é uma síndrome neurológica caracterizada por cefaleias, confusão, alterações visuais e convulsões associada a áreas de edema cerebral identificável em exames de neuroimagem. Os autores relatam o caso de um homem, 33 anos, leucodérmico, com história de alcoolismo e tabagismo crónico, que recorre ao serviço de urgência por epigastralgia em cinturão e vómitos com cerca de seis horas de evolução e cefaleia holocraneana intensa há duas horas. Ao exame objectivo, apresentava tensão arterial de 190/100 mmHg e empastamento no epigastro. Analiticamente, amilase 193 U/L e lipase 934 U/L. Durante a observação no serviço de urgência, apresentou uma crise tónico-clónica generalizada. A ecografia abdominal realizada foi sugestiva de pancreatite, sem sinais de litíase biliar. A tomografia computorizada crânio-encefálica demonstrou hemorragia subaracnoideia e pequena hemorragia cortical frontal direita. A ressonância magnética nuclear crânio-encefálica realizada uma semana após a admissão revelou áreas de hipersinal T2/FLAIR bilaterais e simétricas na substância branca subcortical das regiões parietais e frontais superiores, sugerindo o diagnóstico de síndrome de enfalopatia posterior reversível. Na tomografia computorizada abdominal (10 dias após a admissão) visualizou-se pâncreas espessado, em relação com processo inflamatório e dois pequenos focos hipodensos na parte anterior do corpo, traduzindo pequenos focos de necrose. A investigação de defeitos trombofílicos revelou uma mutação do gene G20210A da protrombina em heterozigotia. O doente teve alta sem sequelas neurológicas, e assintomático. A ressonância magnética nuclear crânio-encefálica de controlo confirmou a reversão das lesões, confirmando o diagnóstico.
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