Avaliação da Incontinência Urinária na Gravidez e no Pós-Parto: Estudo Observacional

Autores

  • Juliana Rocha Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.
  • Pedro Brandão Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.
  • Anabela Melo Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.
  • Silvia Torres Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.
  • Lurdes Mota Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.
  • Fernanda Costa Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7371

Palavras-chave:

Complicações na Gravidez, Gravidez, Incontinência Urinária, Período Pós-Parto

Resumo

Introdução: A incontinência urinária pode afetar até 50% das mulheres em alguma fase das suas vidas, nomeadamente durante a gravidez. Este estudo foi desenhado com a finalidade de identificar e avaliar a prevalência e fatores de risco para incontinência urinária durante o terceiro trimestre da gravidez e três meses após o parto.
Material e Métodos: Estudo observacional e transversal. A população do estudo incluiu 268 puérperas, que tiveram parto no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, em 2013 e 2014. Foram avaliadas durante o período de internamento após o parto. As parturientes foram convidadas a preencher um questionário adaptado, International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form, para investigação da incontinência urinária no terceiro trimestre da gravidez, para o qual deram consentimento. Três meses após o parto, foram contactadas telefonicamente e convidadas a responder às mesmas questões acerca da incontinência urinária no pós-parto.
Resultados: Das 268 mulheres entrevistadas, 31 foram excluídas do estudo, tendo em conta os critérios de inclusão e exclusão definidos. No total (n = 237), 51,89% das mulheres incluídas no estudo, relataram a ocorrência de incontinência urinária durante a gravidez. A prevalência da incontinência urinária na gravidez, segundo a paridade (primíparas versus multíparas), foi estatisticamente significativa (p = 0,006). No pós-parto (n = 237), 28,69% das mulheres com incontinência urinária tiveram parto vaginal e 5,91% das mulheres foram submetidas a cesariana (p = 0,001). Neste grupo de mulheres com incontinência urinária pós-parto (n = 82), 31,69% apresentaram incontinência urinária de novo e 68,31% das mulheres já apresentavam sintomatologia durante a gravidez (p < 0,001).
Discussão: Este estudo demonstra a elevada prevalência da incontinência urinária na gravidez e a respetiva redução no pós-parto.
Conclusão: A multiparidade e a ocorrência de incontinência urinária na gravidez surgem como possíveis fatores de risco no aparecimento da incontinência urinária.

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Biografia Autor

Juliana Rocha, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Penafiel. Portugal.

Dt.Nascimento:  3/08/1985 Dt.Inscrição . : 17/09/2010             Dt.Formatura . : 23/07/2010  Faculdade. . . : I. C. B. A. S. DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Publicado

2017-08-31

Como Citar

1.
Rocha J, Brandão P, Melo A, Torres S, Mota L, Costa F. Avaliação da Incontinência Urinária na Gravidez e no Pós-Parto: Estudo Observacional. Acta Med Port [Internet]. 31 de Agosto de 2017 [citado 18 de Julho de 2024];30(7-8):568-72. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7371

Edição

Secção

Original