Satisfação Profissional nas Unidades de Saúde Familiar da Região Centro

Autores

  • Rui Passadouro Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centro de Saúde Pinhal Litoral. Administração Regional de Saúde Centro. Leiria. Portugal.
  • Pedro Lopes Ferreira Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Centro de Estudos e Investigação em Saúde. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.7380

Palavras-chave:

Cuidados de Saúde Primários, Portugal, Programas Nacionais de Saúde, Satisfação Profissional.

Resumo

Introdução: A satisfação profissional, indicador de clima organizacional, é um fenómeno complexo e subjetivo, sujeito a variação individual e à conjetura social, existindo múltiplas teorias explicativas. Pode ter impacto na produtividade e no absentismo e ser fator preditor do bem-estar, por estar associada à saúde mental, à autoestima e à perceção da saúde física. A sua avaliação é um dos critérios de avaliação do Serviço Nacional de Saúde. O presente estudo teve como objetivo avaliar o nível de satisfação profissional nas unidades de saúde familiar da Região Centro.
Material e Métodos: Tratou-se de um estudo observacional, transversal, com um modelo de análise descritivo e com uma componente
correlacional. Utilizou-se, para colheita de dados, o Instrumento de Avaliação da Satisfação Profissional do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra. O universo foi de 809 profissionais de saúde, sendo a população em estudo constituída por 774 profissionais.
Resultados: A taxa de resposta ao Instrumento de Avaliação da Satisfação Profissional foi de 66,4%, sendo a amostra constituída por 514 profissionais, 82% dos quais do sexo feminino. Trabalhavam em unidades de saúde familiar modelo A 64,8% e em modelo B 35,2%, sendo que 34,2% eram enfermeiros, 39,8% médicos e 26,0% secretários clínicos. O nível de satisfação global foi de 71,5%, sendo de 67,4% com a qualidade do local de trabalho, 78,3% com a qualidade da prestação de cuidados e 80,7% com a melhoria contínua da qualidade.
Discussão: A amostra, predominantemente do sexo feminino (82%), está de acordo com a distribuição real dos profissionais e o nível de satisfação profissional de 71,5% é inferior em 5,4% ao verificado em 2009.
Conclusão: Recomenda-se a contratualização do indicador satisfação profissional à semelhança do que acontece com a satisfação dos utilizadores.

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Biografias Autor

Rui Passadouro, Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centro de Saúde Pinhal Litoral. Administração Regional de Saúde Centro. Leiria. Portugal.

Concluiu a Licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra (UC) em 1986 e o Mestrado em Gestão e Economia da Saúde em 2014 na Faculdade de Economia da UC. É médico na Unidade de Saúde Pública do ACeS Pinhal Litoral, da Administração Regional de Saúde da Zona Centro. Publicou 12 artigos em revistas especializadas. Possui 36 itens de produção técnica. Recebeu 3 prémios e/ou homenagens. Atua nas áreas de Ciências Médicas com ênfase em Medicina Clínica e em Ciências da Saúde. Nas suas atividades profissionais interagiu com 21 colaboradores em coautorias de trabalhos científicos.

Pedro Lopes Ferreira, Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Centro de Estudos e Investigação em Saúde. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.


Professor Associado com Agregação da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

Diretor do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra

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Publicado

2016-11-30

Como Citar

1.
Passadouro R, Ferreira PL. Satisfação Profissional nas Unidades de Saúde Familiar da Região Centro. Acta Med Port [Internet]. 30 de Novembro de 2016 [citado 22 de Novembro de 2024];29(11):716-25. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/7380

Edição

Secção

Original